Com R$ 50 mi, Ciência e Tecnologia retoma orçamento de institutos de pesquisa

Do total da verba, R$ 41,9 milhões serão investidos na melhoria da infraestrutura das unidades de pesquisa

Ricardo Stuckert

Priorizando a ciência: Lula, na inauguração do Bloco Zeta, na UFABC (Universidade Federal do ABC), em São Bernardo do Campo

A destinação de mais de R$ 50 milhões para a recomposição do orçamento dos institutos de pesquisa e recuperação da infraestrutura foi anunciada ontem (19) pela ministra da Ciência, Tecnologia e Informação, Luciana Santos em evento em Brasília com a presença de diretores das 17 instituições vinculadas ao ministério.

Do total da verba, R$ 41,9 milhões serão investidos na melhoria da infraestrutura das unidades de pesquisa, como na modernização de laboratórios e preservação de acervos. O restante, R$ 9,4 milhões, serão usados na recomposição orçamentária das entidades. A ministra anunciou ainda a ampliação de 158 para 196 vagas destinadas ao cargo de analista em ciência e tecnologia nas unidades de pesquisa no próximo concurso público, que terá 814 novas vagas para a pasta e entidades vinculadas.

“Esse conjunto de medidas reflete o nosso compromisso e o nosso reconhecimento do papel fundamental que nossos institutos desempenham no desenvolvimento científico e tecnológico”, afirmou Luciana, ao garantir em 2024 a manutenção do Programa de Capacitação Institucional (PCI) que apoia a execução de projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nas instituições por meio de concessão de bolsas.

A ministra destacou que o encontro com representantes das unidades de pesquisa é mais um passo para fortalecer o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia e lembrou as principais conquistas de sua gestão nos primeiros seis meses de governo, como o reajuste no valor das bolsas de pesquisa da Capes e CNPq e a recomposição integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Outros marcos, segundo a ministra, foram a reinstalação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e a convocação da 5ª Conferência Nacional.

Durante a reunião, a ministra também deu posse aos novos diretores de três unidades de pesquisa: Nilson Gabas Júnior, no Museu Goeldi; Tiago Emmanuel Nunes Braga, no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT); e Márcio Portes de Albuquerque, no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).

O legado conturbado e negacionista que o governo anterior deixou para a ciência brasileira vai sendo revertido com ações de uma gestão comprometida com o conhecimento. Essa nova realidade do país foi festejada em artigo publicado dia 16 de julho na Folha de São Paulo pelo ex-ministro da Educação do governo Dilma Roussef, professor Renato Janine Ribeiro, atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), cuja 75ª reunião anual começa dia 23 de julho na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

“O poder político não pode ser exercido sem o decisivo contributo das ciências. Festejamos a recuperação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Alegramo-nos que as pastas do Meio Ambiente e da Saúde tenham secretarias focadas na ciência (…) Sem a ciência não é possível desenvolvimento econômico nem social. Saímos do flerte com a morte violenta e nos comprometemos com a vida, mais até: com a vida de qualidade”, diz o ex-ministro no artigo escrito junto com os professores Fernanda Sobral e Paulo Artaxo.

Da Redação

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