Contra a fome, Guedes defende dar resto de comida aos pobres

A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, completou a receita neoliberal defendendo comprar alimentos fora da validade, em evento da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS)

Marcos Corrêa/PR

MInistro da Economia, Paulo Guedes

O ministro Paulo Guedes elevou o cinismo neoliberal a um novo patamar nesta quinta-feira, 17, em evento promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Durante o 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento , defendeu dar restos de comida aos pobres – “pessoas fragilizadas, mendigos, pessoas desamparadas”, segundo ele. A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, fez coro defendendo comprar alimentos fora da validade.

“O prato de ‘um classe média’ europeu é pequeno, no nosso, há uma sobra enorme. Precisamos pensar como utilizar esse excesso no dia a dia. Aquilo dá pra alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, pessoas desamparadas. É muito melhor que deixar estragar”, disse o ministro como proposta de “combate à fome” no país. Segundo Paulo Guedes, os desperdícios da cadeia produtiva precisam ser mais bem aproveitados para acabar com a fome no país.

Indo mais longe, Guedes “detalhou” a sua “política”, espezinhando a memória do país que saiu do Mapa da Fome nos governos do PT. “Como utilizar esses excessos que estão em restaurantes e esse encadeamento com as políticas sociais, isso tem que ser feito. Toda aquela alimentação que não for utilizada durante aquele dia no restaurante, aquilo dá para alimentar pessoas fragilizadas, mendigos, desamparados. É muito melhor do que deixar estragar essa comida toda”, completou.

O ministro dos banqueiros também defendeu aprofundar o desmonte de qualquer política voltada para a segurança alimentar do povo brasileiro. “Precisamos de novos marcos regulatórios de ferrovias, cabotagem, para aumentar a exportação”, defendeu ele. “Na pandemia, nossas exportações caíram para o resto do mundo, mas subiram para a Ásia. Precisamos de logística para levar nossos alimentos para o resto do mundo“.

Da Redação, com iG

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