Correia: mentiras da extrema direita não impedirão CPMI de chegar à verdade

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) garante que a estratégia adotada por bolsonaristas na CPMI do Golpe não vai evitar que relatório final detalhe a tentativa de golpe que houve no Brasil

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Rogério Correia: “O processo real do que aconteceu estará no relatório"

A estratégia bolsonarista, de mentir e tumultuar as sessões da CPMI do Golpe, não vai impedir que a comissão que investiga os ataques de 8 de janeiro chegue à verdade. Foi o que garantiu o deputado federal Rogério Correia (PT-MG), em entrevista nesta quarta-feira (12), ao Jornal PT Brasil. 

“Eles não querem esclarecer o que foi o processo de golpe, eles negam. Aliás, são negacionistas de tudo que é científico, então também negam a história”, afirmou o deputado, que é membro-titular da CPMI (veja a íntegra da entrevista abaixo).

Correia disse ter certeza de que a versão que a extrema direita tenta impor — de que o 8 de Janeiro foi um passeio de idosos que só terminou em destruição porque havia infiltrados do PT — não tem chances de prosperar.

“Como não condiz com a realidade dos fatos, cai no vazio e na lata de lixo da história. Todo mundo sabe que foi um processo de golpe, e é isso que estamos analisando”, ressaltou.

O deputado afirmou ainda que as investigações estão avançando mesmo que as testemunhas ouvidas até agora tenham apelado para o silêncio ou para mentiras.

Um passo importante nesse sentido foi a aprovação, na sessão de terça-feira (12), de requerimentos importantes, como a quebra do sigilo telemático (de telefone e internet) e bancário de pessoas chaves na elaboração da tentativa de golpe.

“Vamos ter elementos para, durante o recesso (do Congresso Nacional), fazer muitos estudos. A verdade vai aparecer, não vai ficar escondida”, assegurou.

Segundo Correia, a maioria dos membros da CPMI está comprometida com a democracia, e o relatório final certamente vai jogar luz sobre o golpe que tentou se dar no Brasil, apontando, inclusive seus mentores intelectuais, como o ex-presidente Jair Bolsonaro. “O processo real do que aconteceu estará no relatório.”

Da Redação

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