CPI reconvoca Pazuello e Queiroga. “Gabinete paralelo” também será ouvido
“Ele [Pazuello] esteve aqui, mentiu, foi contraditado por pessoas que depuseram posteriormente e deixou muitas coisas em aberto”, disse Humberto Costa
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A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira (26) uma série de requerimentos, dentre eles a reconvocação do ministro da saúde, Marcelo Queiroga, e do ex-ministro da Saúde Eduardo Pauzello. Integrantes do chamado “Ministério Paralelo da Saúde”, um grupo de colaboradores e possíveis apoiadores de Bolsonaro que teriam motivado o governo a adotar as teses da imunidade de rebanho e a defesa de medicamento ineficazes do “kit covid”, como a cloroquina, também serão ouvidos pela comissão.
“Ele [Pazuello] esteve aqui, mentiu, foi contraditado por pessoas que depuseram posteriormente e deixou muitas coisas em aberto. É muito importante que quando tivermos mais elementos reunidos para uma nova inquirição, possamos trazê-lo para complementar seu depoimento”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE). Além deles, também foi convocado o ex-assessor de comunicação de Pazuello, Markinhos Show.
Do gabinete paralelo, foram convocados o ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub, o assessor para assuntos internacionais da Presidência, Felipe Martins, e o empresário Carlos Wizard.
“Nós vamos nos debruçar sobre os documentos, quebras de sigilos e convocação de pessoas que fazem parte daquela assessoria paralela que influenciou o presidente na condução do enfrentamento da pandemia e na divulgação e estímulo para que as pessoas utilizassem medicamentos que não têm qualquer finalidade terapêutica para a Covid”, destacou Humberto Costa.
Os senadores ainda convocaram Paulo Baraúna, diretor da White Martins, para esclarecer os fatos relacionados à crise de abastecimento de oxigênio em Manaus.
Convocação de governadores
A CPI também aprovou requerimentos de convocação de nove governadores, um ex-governador e uma vice-governadora. O critério usado para a escolha foi selecionar estados que são ou foram alvo de investigação da Polícia Federal.
PT no Senado