Cresce o número de famílias abandonadas pelo Auxílio Brasil de Bolsonaro
3,2 milhões de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza estão inscritas no Cadastro Único sem receber o benefício, mostra reportagem do UOL
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É preciso sempre lembrar o que Jair Bolsonaro fez com os mais pobres deste país. Depois de passar anos falando mal do Bolsa Família, ele decidiu, em novembro de 2021, acabar com o programa criado por Lula.
Colocou no lugar o Auxílio Brasil, feito sem nenhum tipo de estudo sobre a real situação do povo e ainda acabou, ao mesmo tempo, com o auxílio emergencial, que ajudava a população a enfrentar a pandemia de Covid-19.
Assim, de uma hora para outra, mais de 25 milhões de famílias que recebiam ou o auxílio emergencial ou o Bolsa Família foram abandonadas. Para esses excluídos, o governo disse que, se quisessem receber ajuda, deviam se inscrever no Cadastro Único.
Porém, milhões de famílias estão se inscrevendo à toa.
Reportagem publicada pelo UOL nesta quinta-feira (26) mostra que quase 2 milhões de famílias em extrema pobreza e 1,2 milhão em situação de pobreza estão no Cadastro Único, mas não recebem o Auxílio Brasil.
Em fevereiro, o mesmo UOL mostrou que estavam no CadÚnico, à espera do Auxílio Brasil, 526 mil famílias em extrema pobreza e 165 mil em situação de pobreza. Ou seja, o número de brasileiros que imploram por ajuda, mas são ignorados, não para de aumentar.
Auxílio Brasil de Bolsonaro não é capaz de atender quem precisa e deixa de fora do benefício quase 2 milhões de famílias que vivem na extrema pobreza e 1,2 milhão de pobres. O povo tá passando fome, desempregado, esse governo é sinônimo da miséria.
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) May 26, 2022
PT alertou para o abandono
Quando Bolsonaro anunciou o fim do Bolsa Família e do auxílio emergencial, no fim de 2021, o PT alertou que o novo programa de Bolsonaro não era baseado em estudos sérios sobre a real situação e que muitas famílias ficariam completamente abandonadas.
A ex-ministra do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome Tereza Campello foi ao Congresso e alertou que a situação dos brasileiros era dramática, pois a inflação e o desemprego estava muito altos.
“Nós tivemos uma pandemia, a economia não se recuperou, o desemprego continua altíssimo e a maior parte dessas famílias ou não arranjou emprego ou está fazendo bico e ganhando muito menos do que ganhava antes”, denunciou Tereza em audiência no Senado.
O governo Bolsonaro, no entanto, ignorou os alertas e seguiu com sua política de abandono. E hoje o Brasil, que havia saído do Mapa da Fome nos tempos do PT, hoje tem uma taxa de famintos acima da média mundial.
Da Redação