Bolsa Família: 2 milhões de famílias deixaram de depender do benefício em 2025
Programa federal quebra pobreza geracional no país. “Quem entra no Bolsa Família só sai para cima, seja porque conquistou uma renda maior com o trabalho, seja porque abriu o próprio negócio”, comemorou ministro Wellington Dias
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A sergipana Carla Pereira Barros, 39 anos, foi a primeira integrante da família dela a concluir o ensino superior. Ela conseguiu romper o ciclo de pobreza geracional graças ao Bolsa Família, marca dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT). Depois de 14 anos inserida no programa, Carla devolveu o cartão por meio do qual o benefício é pago.
“Foi uma alegria imensa ter participado do programa e fiquei mais alegre ainda quando pude devolver o cartão”, agradeceu a agora professora formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Moradora de Aracaju, Carla encarou cenário de dupla vulnerabilidade: a pobreza extrema e a violência doméstica do ex-companheiro. Certa vez, uma enchente na capital sergipana a obrigou a buscar amparo para as três filhas em um escola pública. Nayra Milena, Emanuele Cristina e Júlia Gabriele sobreviveram seis meses com doações.
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Por conta do contexto social, Carla foi conduzida, em 2010, ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Ali, ela descobriu a possibilidade de se tornar uma beneficiária do Bolsa Família. “Da pobreza, da lama, eu dei uma subidinha de degrau”, reconheceu.
A história de Carla e suas filhas se soma a de outras 2 milhões de famílias que conseguiram se libertar da miséria, entre janeiro e outubro de 2025, devido ao programa federal.
Desmente também a falácia de que as classes mais desfavorecidas da população estão no Bolsa Família porque não querem trabalhar. É exatamente o oposto: a mínima oportunidade concedida a uma chefe de família é capaz de transformar a realidade de toda uma geração.
Os dados são da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Das 2.069.776 famílias que deixaram de depender do programa de transferência de renda neste ano, a maioria (1.318.214) saiu do benefício em razão do aumento dos ganhos totais no domicílio. Outras 24.763 fizeram o desligamento voluntário, enquanto 726.799 famílias concluíram o período na Regra de Proteção.
O mecanismo permite que o beneficiário continue recebendo metade do valor do Bolsa Família por até 12 meses, mesmo após superar o limite de R$ 218 mensais per capita e não ultrapassando R$ 706.
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Programa sustentável
Em outubro, o Bolsa Família atendeu 18,9 milhões de famílias em todo o país, menor patamar desde o início do terceiro mandato do presidente Lula. O chefe do MDS, ministro Wellington Dias, destacou que o programa tem cumprido seu papel de melhorar a vida das pessoas mais pobres de maneira segura e sustentável.
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“É importante dizer que quem entra no Bolsa Família só sai para cima, seja porque conquistou uma renda maior com o trabalho, seja porque abriu o próprio negócio. E, caso perca essa renda, retorna automaticamente ao programa. Esse é um caminho sustentável, e quanto mais avançarmos em educação e oportunidades, mais seguro será o futuro das famílias brasileiras”, defendeu o ministro.
👉 Trocar o cartão do Bolsa Família pela Carteira de Trabalho!
Essa é a mensagem e, mais do que isso, a realidade que estamos construindo no Brasil. 🤝 pic.twitter.com/uvjC2fsJZg
— Wellington Dias (@wdiaspi) October 31, 2025
Da Redação, com informações do MDS
