Depois de aumento, CNJ aprova retorno do auxílio moradia a juízes
Aumento salarial para ministros do STF foi usado como justificativa para acabar com auxílio moradia, que acaba de retornar pelas mãos do CNJ em uma votação que durou um minuto
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O salário dos ministros do STF – e por efeito cascata, de todos os juízes brasileiros – teve o aumento aprovado pelo Senado no início de novembro, garantindo uma remuneração de mais de R$ 39 mil para a elite do judiciário. Um dos argumentos utilizados na ocasião, era de que o aumento permitiria o fim do auxílio-moradia, um privilégio que vinha sendo largamente criticado pela sociedade. Contudo, nesta terça-feira (18) o Conselho Nacional de Justiça decidiu retornar com o benefício, frustrando a população. Em apenas um minuto, os magistrados aprovaram a retomada do benefício, com algumas alterações.
Com teto de até R$ 4.377,73, o auxílio-moradia aprovado para os juízes corresponde a um salário maior que de 92% da população brasileira, segundo dados do IBGE e do Ministério do Trabalho. O valor já é significativo, mas nem se compara ao vencimento dos ministros do STF, que em dezembro variou entre R$ 45 mil e R$ 48 mil, conforme prestação de contas no site do Tribunal. Apenas neste último mês do ano, os magistrados custaram aos cofres públicos R$ 521.188,14, também segundo o site do STF.
A volta do auxílio-moradia veio com algumas condições que apenas amenizam a farra da toga em tempos de crise. Agora, o auxílio será permitido quando não houver imóvel funcional à disposição; se o cônjuge não receber auxílio nem ocupar imóvel funcional; se ele ou o cônjuge não tiverem imóvel na comarca de atuação; se o juiz estiver em cidade diferente da comarca original.
O país tem cerca de 18 mil magistrados. Antes de o Supremo Tribunal Federal revogar a liminar que permitia o auxílio-moradia, todos os magistrados estavam recebendo. Agora o CNJ espera que apenas 1% dos juízes do país receba o benefício. A conferir.
Da redação da Agência PT de notícias