Do campo, das florestas e das águas | Fórum reúne mulheres para debater políticas de sobrevivência para o futuro

Ribeirinhas, indígenas, quilombolas e camponesas se unem em série de atividades para discutir políticas públicas prioritárias das mulheres no próximo período

Desde 16h, está acontecendo a série de debates do I Fórum de Mulheres do Campo, das Florestas e das Águas, organizado pelas Secretarias Nacionais de Mulheres e Agrárias do PT — como parte do projeto Elas Por Elas. A iniciativa visa discutir a ocupação de espaços de poder com foco em ampliar a participação de mulheres indígenas, ribeirinhas, quilombolas e camponesas.

O evento também marca o lançamento Elas por Elas no campo, nas florestas e nas águas: transição ecológica pelo olhar das mulheres para construir um 2022 mais popular.

“O aumento generalizado da violência no campo atinge sobretudo mulheres que estão em situação de vulnerabilidade, seja pela condição social, pelo distanciamento do meio urbano ou por suas próprias formas de organização. Estamos somando forças para construir pautas que correspondam às diversas realidades que as mulheres enfrentam no campo, nas florestas e nas águas”, explica Anne Moura, secretária nacional de mulheres do PT.

Com o governo Bolsonaro,  a violência contra a população indígena aumento de forma vertiginosa, sem falar na “boiada” que vem passando por cima de terras de povos originários, quilombolas e ribeirinhas. O relatório Violência no Campo 2020, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), registrou o maior número de episódios de violência nos últimos 35 anos. Foram registradas 2.054 ocorrências em 2020. Esse é o maior número de ocorrências de conflitos no campo já registrado pela organização desde 1985. Foram 914.144 pessoas envolvidas em conflitos ano passado, um aumento de 2% em relação ao ano anterior.

Outro número recorde registrado nesta edição do relatório mostra que 81.225 famílias tiveram suas terras ou territórios invadidos em 2020 – o maior número deste tipo de violência já registrado pela CPT. 71,8% dessas famílias são indígenas. 

No marco da semana de 12 agosto, que celebramos o Dia Nacional de combate à violência contras as mulheres no campo, inspiradas pelo exemplo da líder sindical Margarida Alves, as mulheres do PT constroem mais esse espaço de formulação e elaboração de políticas para a construção de um novo Brasil.

Confira a programação.

Dia 13 de agosto, sexta-feira

16h Mulheres no campo: transição ecológica pelo olhar das mulheres

Mazé Morais – Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares da CONTAG e Coordenadora-Geral da VI Marcha das Margaridas

Maria Kazé – dirigente nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) no Piauí

Josana Lima – Coordenadora-Geral da Confederação Nacional

Elisangela Dos Santos – Secretária Agrária Nacional do PT

 

18h Mulheres nas florestas: transição ecológica pelo olhar das mulheres

Carmen Foro – Secretária-Geral da CUT

Angela Mendes, militante socioambiental, fellow Ashoka e Coordenadora do Comitê Chico Mendes

Edjane Rodrigues – Presidente da FETAGRI-AM

 

Dia 14 de agosto – sábado

9h. Mulheres nas águas: transição ecológica pelo olhar das mulheres

Marly Lúcia – Secretaria Nacional de Mulheres da CONFREM – Brasil

11h: Lançamento Elas por Elas do campo, das florestas e das águas

 

Da Redação, Elas Por Elas

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