Doleiro abriu conta secreta para família de Aécio em Liechtenstein

PF encontrou, durante operação em 2007, documentos que eram ligados à conta. Família Neves confirmou que os documentos apreendidos são verdadeiros

Foto: Lula Marques/Agência PT

Reportagem da revista “Época” publicada nesta quarta-feira (16) informa que o doleiro Norbert Muller abriu contas bancárias no LGT Bank, em Liechtenstein, para a família do senador Aécio Neves (PSDB-MG). 

De acordo com a matéria, a Polícia Federal encontrou, durante operação feita em 2007, uma pasta na casa do doleiro etiquetada com “Bogart e Taylor”, o nome escolhido pela mãe de Aécio Neves, Inês Maria Neves Faria, para batizar a fundação que administraria o dinheiro da conta no banco.

Em delação premiada, o senador Delcídio do Amaral citou a conta do senador tucano em Liechtenstein. 

“Os procuradores que trabalham ao lado de Rodrigo Janot apuram a participação de Aécio nos esquemas citados por delatores, em especial o de Furnas. Pediram colaboração internacional, junto às autoridades de paraísos fiscais, para averiguar se contas como a associada ao senador em Liechtenstein foram usadas para o recebimento de propinas”, diz a reportagem. 

“Aécio acabara de assumir a Presidência da Câmara dos Deputados quando a conta em Liechtenstein foi aberta. De acordo com os documentos apreendidos pela PF, ela poderia ser movimentada por Inês Maria e por Andréa Neves, irmã de Aécio. Segundo os papéis, Aécio não estava autorizado a movimentar a conta da fundação no banco LGT. Era, no entanto, seu beneficiário, de acordo com um documento apreendido pela PF e conhecido como “By Law””, completa o texto.

Ainda segundo a revista “Época”, a Polícia Federal confirmou, na investigação, que a conta e a fundação da família de Aécio Neves não foram declaradas à Receita Federal ou ao Banco Central.

“Em tese, cometeram os crimes de evasão de divisas, ocultação de patrimônio e sonegação fiscal. Procurados por ÉPOCA, nem Aécio nem Inês Maria quiseram dar entrevista. Por meio de seus advogados, a família Neves confirmou que os documentos apreendidos são verdadeiros e que Inês Maria pretendia criar a fundação Bogart & Taylor em Liechtenstein para destinar recursos à educação de seus netos”.

Leia a reportagem, na íntegra.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Revista Época

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