Elas por Elas estima atender 20 mil mulheres nas eleições municipais

Projeto criado em 2018 apresenta resultados sólidos na ascendência de candidatas eleitas no país

Comunicação SNMPT

Elas por Elas é o maior projeto da América Latina focado na formação política para mulheres

A chegada do mês de março representa o momento de força das mulheres em todo o mundo, período em que ocorre o Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8. E como no Brasil, neste ano, teremos eleições municipais, a data ganha especial destaque, pois torna-se momento de incentivar o debate sobre a ocupação de mulheres nos espaços de poder. 

O Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, por meio da Secretaria Nacional de Mulheres, está atento a isto, e desde o ano passado já deu início à IV Edição do projeto Elas por Elas, com foco nas companheiras que irão disputar as eleições para prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras. A estimativa é que a iniciativa atenda cerca de 20 mil candidatas em 2024. 

Nas eleições municipais de 2020, o PT foi a sigla que mais elegeu mulheres, mulheres negras e jovens, com um aumento de 25% da representatividade feminina em relação a 2016. O resultado evidencia que o partido lidera ranking de mulheres eleitas, negras e jovens no campo progressista. 

O resultado é fruto do Elas por Elas, projeto iniciado em 2018, e que tem ampliado a presença das mulheres na política. Capitaneado pela Secretaria Nacional de Mulheres do PT, a iniciativa é uma tecnologia de inovação na política partidária que objetiva oferecer condições, instrumentos e conhecimento que possibilitem condições políticas e materiais para a consolidação de lideranças de mulheres nas disputas políticas Brasil afora, bem como fortalecer e dar visibilidade para as lideranças femininas já consolidadas. 

Por meio dele, foi criada uma rede de influência de mulheres por todo país, da qual as que já têm trajetória consolidada têm papel de pontos fundamentais de intersecção. Estarão integradas a essa rede mulheres militantes e filiadas ao Partido, bem como atuantes em movimentos sociais, feministas, de mulheres e do campo da esquerda. Em 2024, a novidade será o uso de ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para qualificar as futuras candidatas.

A secretária nacional de mulheres, Anne Moura, explica um pouco sobre as expectativas do EpE para este ano: “Pretendemos potencializar as pré-candidaturas que vêm se organizando e crescendo ao longo dos anos de construção do projeto Elas por Elas. Entendemos que a continuidade das ações, organização e preparação prévia resultam em  mulheres eleitas”, aponta Moura. 

“O Elas por Elas vem aplicando essa fórmula desde 2018, e em 2024 esperamos crescer expressivamente o nosso número de prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras, bem como fortalecer lideranças políticas nacionais e regionais em todo o Brasil. Afinal, a consolidação de líderes mulheres é uma política afirmativa da democracia interna do PT. Conquistamos a paridade, o que significa a representação de 50% de mulheres nas instâncias de direção”, destaca.

“Estamos consolidando a estrutura que criamos para acelerar a busca pela paridade de gênero, fortalecendo lideranças femininas e garantindo que tenham efetiva participação nos processos de tomada de decisões políticas.”

PT lidera as mulheres progressistas eleitas 

Vale relembrar que, nas eleições municipais passadas, no campo progressista, o Partido dos Trabalhadores foi o que mais elegeu mulheres em 2020. Com mais de dez mil candidatas, a sigla ampliou o número de eleitas em mais de 20%, saindo de 519 eleitas (entre vereadoras, prefeitas e vices), em 2016, para 639 eleitas em 2020, um aumento de 25%.

 Com 561 eleitas para o legislativo municipal, o PT liderou o ranking, e foi seguido pelo PDT (507), PSB (411), PC do B com 122 vereadoras e PSOL com 31 eleitas em todo país. O PT elegeu 28 prefeitas e 51 vice-prefeitas. 

As regiões que lideraram esse desempenho foram Sul, Nordeste e Sudeste. Em primeiro lugar, Rio Grande do Sul (94), seguido de MG (80), Bahia (61), Piauí (59), Santa Catarina (47) e São Paulo (44).

Elegemos mais mulheres negras, somos diversas e bancada federal também foi fortalecida 

O PT elegeu 267 vereadoras que se auto declararam negras e pardas em todo país, um avanço para a construção e a consolidação do combate ao racismo e o fortalecimento da pauta antirracista. Além de 53 jovens, 158 mulheres entre 30 e 39 anos, e 21 LBTQIA+ (segundo levantamento preliminar). Os resultados comprovam a marca do PT na busca pela garantia da diversidade, marca característica do povo brasileiro. 

Nas eleições de 2022, o PT engrossou a fileira das mulheres no Congresso Federal com 19 deputadas federais. O partido ampliou a própria bancada feminina em 90%.

Em 2018, o PT já tinha feito história ao eleger dez deputadas, sendo a maior bancada feminina da legislatura. Mas não paramos de avançar: Em 2022 o partido elegeu 18 deputadas federais e uma suplente, Reginete Bispo (PT/RS) que também tomou posse, na vaga deixada por Paulo Pimenta, Secretário de Comunicação do governo federal.

Mais do que ampliar a bancada, o PT também investiu na diversidade, tendo em vista a bancada negra eleita para a Câmara Federal composta por oito parlamentares: Carol Dartora, a primeira deputada federal negra em toda história do Paraná; seguida por Jackeline Rocha (ES) também pioneira em seu estado, Denise Pessoa (RS), Ivoneide Caetano (BA), Dilvanda Faro (PA), Dandara Tonantzin (MG), Reginete Bispo (RS) e fortalecida pela reeleição de Benedita da Silva (RJ), que foi eleita a coordenadora da Bancada Feminina na Casa

Em São Paulo, o partido também fez história: elegeu a primeira deputada federal indígena pelo PT, Juliana Cardoso. No Rio Grande do Norte, Natália Bonavides foi a parlamentar mais votada em todo estado. A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann (PR), está entre as reeleitas, assim como Erika Kokay (DF) e Maria do Rosário (RS).

Após resultados tão positivos, a expectativa é que os números das eleições de 2024 sigam em ascendência, fortalecendo as mulheres petistas nos municípios brasileiros. É fundamental que os projetos progressistas saiam empoderados e reconhecidos nestas eleições como forma de contrapor a extrema direita. 

Da Redação Elas por Elas 

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