Eleições na Venezuela: povo impõe derrota ao bloqueio imperialista

“Todo apoio ao povo venezuelano na luta contra o imperialismo, contra o bloqueio e as ameaças militares, em defesa da soberania da Venezuela e da América Latina”, afirmaram em nota Gleisi Hoffmann, presidenta do Partido dos Trabalhadores, e Romênio Pereira, Secretário de Relações Internacionais

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Eleições na Venezuela

Em dia definido como “histórico”, o chavismo conquistou maioria das 277 cadeiras da Assembleia Nacional da Venezuela, com 67% de apoio popular. As eleições foram acompanhadas por observadores internacionais, entre eles os ex-presidentes de Bolivia, Evo Morales; Paraguay, Fernando Lugo; Espanha, José Luis Zapatero, além da ex-senadora colombiana Piedad Córdoba. Facultativas, as eleições tiveram participação de 31% dos eleitores.

Com mais de 80% dos votos apurados até a madrugada, o Grande Polo Patriotico, chapa do governo, obteve 3,5 milhões de votos, representando 67,6% do total.A Aliança Democrática ficou em segundo lugar com 944 mil votos, equivalente a 17,95%. Desmoralizada por apoiar os interesses dos EUA, inclusive o bloqueio econômico ao país, a maioria da oposição boicotou as eleições, acusando o processo eleitoral de “fraude”.

Em nota, o Partido dos Trabalhadores saudou as eleições legislativas da Venezuela realizadas neste domingo. De acordo com o PT, as eleições “constituem mais uma grande manifestação da vontade popular no processo de transformação política, social e econômica daquele país ao longo das duas últimas décadas”. A nota é assinada por Gleisi Hoffmann, presidenta do Partido dos Trabalhadores, e Romênio Pereira, Secretário de Relações Internacionais.

Ainda, de acordo com a nota, “as eleições são a resposta democrática a esta política de bloqueio, que visa a atingir o governo constitucional do país, mas tem como grande vítima o povo venezuelano, gravemente prejudicado no acesso a alimentos, medicamentos e outros direitos”. “Todo apoio ao povo venezuelano na luta contra o imperialismo, contra o bloqueio e as ameaças militares, em defesa da soberania da Venezuela e da América Latina”, reafirmam os dirigentes petistas.

“O povo venezuelano pode dormir tranquilo, temos uma nova Assembleia Nacional”, afirmou o presidente da Venezuela Nicolás Maduro. Para a presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Indira Alfonzo, “venceu a paz”. Entre os nomes eleitos se destacam Diosdado Cabello, atual presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC); a primeira-dama, Cília Flores; além das ex-ministras da Mulher, Ásia Villegas; e de sistema penitenciário, Iris Varela.

O ex-presidente da Espanha José Luis Rodríguez Zapatero questionou a posição da União Europeia que colocou o processo eleitoral na Venezuela sob suspeição. “Deve haver uma reflexão uma profunda reflexão por parte de quem tem apoiado a política do presidente estadounidense, Donald Trump, a respeito da Venezuela. Zapatero criticou o bloqueio econômico ao pais e lembrou que a estratégia “já não existe”, uma vez que a administração Trump foi derrotada na eleição norte-americana.

“A participação nos dá o direito a opinar. Esse é um direito dos venezuelanos. E que, no dia de amanhã, a nossa voz seja escutada e representada. Que esse resultado seja bem-vindo”, comentou Maria Canelas, representante do conselho comunal Calero Desamparado, no bairro La Calendaria, centro da capital, ouvida pela reportagem do Brasil de Fato.

As chapas minoritárias Venezuela Unida, da direita, recebeu 4,19% da preferência com 220 mil votos; enquanto a Aliança Popular Revolucionária (APR), promovida pelo Partido Comunista da Venezuela (PCV), obteve 143 mil votos, representando 2,73% do total da apuração. A Venezuela foi um dos primeiros países da América Latina a adotar o voto eletrônico.

Da Redação com Brasil de Fato e agências

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