Em 3 semanas de janeiro, Bolsonaro desmatou ‘uma Bélgica’ na Amazônia

A irresponsabilidade do governo de Bolsonaro resulta no maior desmatamento da região desde 2015, com crescimento de 56,6% nos últimos três anos. A Amazônia perdeu uma área do tamanho da Bélgica, segundo dados do INPE

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Desmonte: Amazônia atingiu novo recorde de desmatamento; foram destruídos 360 km² de floresta em janeiro

A Amazônia atingiu novo recorde de desmatamento, fruto de mais um retrocesso do desgoverno de Bolsonaro, que expõe ainda mais o país perante o mundo.

Somente nas três primeiras semanas de janeiro deste ano, a maior floresta tropical do planeta perdeu 360 km² de área, a maior desde 2015 – equivalente ao tamanho da Bélgica.

Os dados preliminares são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), divulgados nesta quarta-feira, 2.

Em ritmo cada vez mais acelerado, o desmatamento na Amazônia cresceu 56,6% nos últimos três anos. Entre agosto de 2018 e julho de 2021, a perda de vegetação nativa foi de 32.740 km² contra 20.911 km² no mesmo período de 2015 a 2018.

De acordo com a pesquisa, a devastação começou a acelerar no segundo semestre de 2018, como consequência do discurso de campanha de Jair Bolsonaro, favorável ao desmonte da política ambiental existente, à expansão do garimpo e ao enfraquecimento da legislação brasileira.

Para o secretário Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Partido dos Trabalhadores (SMAD/PT), Penildon Silva, o novo recorde é resultado de um projeto de destruição de Bolsonaro dos instrumentos legais para garantir a preservação do meio ambiente.

“O novo recorde é um produto de uma política deliberada de destruição do Ibama, do ICMBio e de todos os instrumentos do Ministério do Meio Ambiente para garantir a preservação ambiental, previstos em lei. É um desmonte, um desrespeito à legislação e irresponsabilidade com o futuro”.

A SMAD expressa seu veemente protesto contra o descaso governamental na política de meio ambiente, que provocou novamente um desmatamento inédito na Amazônia. Leia a nota oficial, aqui.

Veja, na íntegra, o posicionamento de Penildon sobre a devastação da Amazônia.

Retrocessos e nova dinâmica de devastação

Em matéria publicado pelo Brasil de Fato, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) defende uma nova dinâmica de devastação da Amazônia por parte de Bolsonaro.

Segundo a orientação governista, a “inovação” consiste na junção de fatores como o enfraquecimento da fiscalização, anistia a crimes ambientais e dtramitações e aprovações de retrocessos legislativos.

O resultado é o que chamam de “Amacro”, um universo alvo da destruição que envolve 32 municípios da região entre o Amazonas, Acre e Rondônia.

Terras públicas e indígenas como alvos

Consideradas áreas mais vulneráveis, sem fiscalização ou monitoramento, de acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), metade do reflorestamento ocorreu em terras públicas, sendo a maior pertencente à União (83%).

O cálculo do Ipam também constatou que entre a área desmatada e tamanho do território, as Terras Indígenas são as mais afetadas, com alta de 153% de devastação nos últimos três anos. Nas Unidades de Conservação, o crescimento foi de 63,7%.

Da Redação, com informações do Brasil de Fato

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