Em mensagem vazia, Bolsonaro propõe retirar direitos, denunciam petistas

Deputados federais criticaram comunicado de Jair ao Congresso e avaliaram que o texto é “uma cartilha cheia de palavras soltas” e um “panfleto de campanha”

Will Shutter/Agência Câmara

A Mensagem Presidencial encaminhada e lida na sessão de abertura dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional, nesta segunda-feira (4), no plenário da Câmara dos Deputados, repercutiu negativamente na Bancada do Partido dos Trabalhadores. Os parlamentares avaliaram que o texto é “uma cartilha cheia de palavras soltas”, com “chavões”, e que apontam para a retirada de direitos dos trabalhadores. Pelas redes sociais, os petistas classificaram a mensagem encaminhada por Jair Bolsonaro, como “sem conteúdo”, um “panfleto de campanha”.

Projeto de Bolsonaro enviado ao Congresso é uma cartilha cheia de palavras soltas e chavões que não apresenta proposta alguma para resolver os problemas do País. Emprego, saúde, renda e programas sociais são palavras proibidas na mensagem”, criticou o deputado José Guimarães (PT-CE), em sua conta no Twitter.

O deputado Bohn Gass (PT-RS) disse que ficou impressionado com a falta de conteúdo do texto enviado ao parlamento brasileiro. “Lendo a mensagem enviada por Bolsonaro aos congressistas, fiquei com a impressão de que a assessoria se enganou e nos remeteu um panfleto de campanha. A fala do presidente vai do nada para o lugar nenhum. Sabe quantas propostas concretas contêm? Nenhuma”, ironizou o deputado.

Para a deputada Maria do Rosário (PT-RS), a mensagem apresentada no início dos trabalhos legislativos “revela um governo perdido, em que todos desconfiam de todos e não tem líder capaz e seguro”.

Para a petista, a obviedade da mensagem “serviu ao palanque de campanha de Bolsonaro”. “Mas, para governar o Brasil complexo é preciso mais capacidade, condições e projetos. Chavões não geram empregos, escolas, saúde, desenvolvimento”, criticou Rosário.

Previdência

De acordo com a deputada, o contexto de retirada de direitos dos trabalhadores – que se iniciou com o golpe parlamentar de 2016 – terá continuidade neste novo governo. “A Mensagem sabe tirar direitos: já anunciou o fim da ‘seguridade social’, separando Previdência e Assistência. Idosos, pessoas com deficiência e pobres são descartados do orçamento”, denunciou Maria do Rosário, ao lembrar que a Reforma da Previdência do Executivo também prejudicará os trabalhadores urbanos e rurais.

Acerca da Previdência, José Guimarães também questionou: “Alguém já pensou aumentar a idade das mulheres de 55 para 65 anos para que elas tenham direito à aposentadoria? Quanta perversidade! Governo vai propor idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem”, protestou.

O deputado Bohn Gass ainda conclamou a população a lutar pelos seus direitos e barrar a proposta de Bolsonaro que é tão perversa quanto a proposta do presidente golpista Michel Temer. “Jornal Estadão diz que Bolsonaro vai exigir idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem. Ao se confirmar, trabalhadores devem reagir com força. Afinal, assim, a Reforma da Previdência de Bolsonaro seria ainda pior do que a de Temer, que já era tenebrosa”, salientou o deputado em sua conta no Twitter.

Por PT na Câmara

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