Em Nova York, Dilma pede confiança e investimentos no Brasil

Em viagem à Nova York, a presidenta destacou o Programa de Investimento em Logística (PIL) e fez um balanço dos avanços de sua gestão nos setores de rodovia, ferrovia, aeroportos e portos

Nova Iorque - EUA, 29/06/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante encerramento de Encontro Empresarial sobre Oportunidades de Investimento em Infraestrutura no Brasil Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira (29), em Nova York, nos Estados Unidos, maior confiança no mercado brasileiro e mais investimentos no País, fundamentais para a garantir a retomada do crescimento.

Durante o seminário empresarial “Infraestrutura Brasil”, a presidenta fez um discurso estimulando os empresários e investidores, brasileiros e norte-americanos, a apostarem no programa de concessões brasileiro. “O Brasil considera que todos os grandes investidores, os pequenos e os médios, de todas as regiões do mundo são muito bem vindos”, disse.

Dilma ressaltou o Programa de Investimento em Logística (PIL), com previsão de investimentos de R$ 198,4 bilhões nos próximos anos, lançado no último dia 9 de junho, com o objetivo de estimular o empresariado internacional a investir no Brasil, principalmente na área de infraestrutura.

“É preciso transformar a demanda potencial, por melhor infraestrutura em projetos viáveis de investimento para o capital privado. É essa a demanda sobre nós. É exatamente isso que nós procuramos fazer. Essa viagem, esse encontro fazem parte desse processo”, reforçou.

A presidenta destacou os avanços conquistados durante o primeiro período de sua gestão. Na concessão de rodovias, por exemplo, em quatro anos foram concedidos mais de 5,3 mil quilômetros. Houve aumento também nas ferrovias, e ressaltou que foram seis concessões de aeroportos, e “até então jamais havia sido concedido nenhum aeroporto à iniciativa privada”.

O trabalho do governo federal no setor portuário foi explicitado por Dilma no encontro. “A partir da Lei dos Portos, nós autorizamos a construção ou a expansão de 40 terminais de uso privado”, disse. E ainda reforçou que sua gestão vai “continuar com o processo rápido de autorizações de terminais de uso privado tanto para carga própria como para carga de terceiros”.

“Vamos licitar 50 novos arrendamentos de terminais em portos públicos, os terminais são privados, o porto é que é público com investimentos previstos de quase R$ 12 bilhões”, declarou. Dilma destacou ainda que no dia 7 de julho será feita a 13ª rodada de licitação de petróleo e gás. Em agosto, haverá o anuncio do plano de investimento em energia elétrica até 2018.

A presidenta explicou que o país está em um novo ciclo de expansão do crescimento e que para isso, são necessárias medidas de controle da inflação e equilíbrio fiscal, além de buscar aumento na produtividade para garantir um crescimento sustentável e gerar mais empregos.

“Com mais produtividade, os salários e os lucros vão ser, necessariamente, maiores e vão poder crescer sem pressionar a inflação. Com mais produtividade, a nossa arrecadação pública, a arrecadação do governo também crescerá mais rapidamente sem aumento da carga tributária”, disse.

Na ocasião, Dilma Rousseff lembrou que “os Estados Unidos são um dos parceiros fundamentais do Brasil”. “O Brasil e os Estados Unidos têm uma longa história de cooperação e integração econômica. Os Estados Unidos  continuam sendo o principal investidor estrangeiro no Brasil, com estoque da ordem de US$ 116 bilhões em 2013”, reforçou.

Califórnia – Nesta terça-feira (30), está prevista viagem para São Francisco, na Califórnia. Dilma visitará a Universidade de Stanford, a sede da empresa Google e o centro de pesquisa aeroespacial da Nasa. A agenda terá foco específico em educação e inovação tecnológica.

“Nós temos interesse em parcerias na área de educação, ciência, tecnologia e inovação. Daí porque é tão importante essa nossa visita à Califórnia, porque vamos olhar, basicamente, três áreas: a área de tecnologia da informação, a área de biotecnologia e a área de defesa, sobretudo, aeroespacial”, disse a presidenta.

Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias

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