Em Paris, Lula reafirma meta de zerar desmatamento na Amazônia até 2030

A convite da banda britânica Coldplay, presidente discursou, nesta quinta-feira (22), no festival Power Our Planet, onde responsabilizou os países ricos pela crise climática

Ricardo Stuckert

Presidente Lula junto com o presidente francês Emmanuel Macron, durante o Power Our Planet

Em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu mais uma agenda intensa nesta quinta-feira (22), onde participou de vários encontros bilaterais com lideranças internacionais e da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global.

Durante a tarde, Lula falou para uma multidão no festival Power Our Planet, na praça Campo de Marte, em frente à Torre Eiffel, em Paris. O convite para a participação do presidente brasileiro foi feito pela banda Coldplay.

O presidente foi bastante aplaudido pelo público do evento, principalmente quando reafirmou a promessa de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030.

“Quando tomei posse, em 1º de janeiro, assumi a responsabilidade de que, até 2030, teremos desmatamento zero na Amazônia. A Amazônia é um território soberano do Brasil, mas, ao mesmo tempo, pertence a toda a humanidade. E, por isso , faremos todo o esforço para manter a floresta de pé”, afirmou Lula.

Durante seu discurso, o presidente Lula também afirmou que os países ricos são os mais responsáveis ​​pela crise climática que ameaça o planeta.

“Não é o povo africano que polui o mundo, não é o povo latino-americano que polui o mundo. Na verdade, quem poluiu o planeta nos últimos 200 anos foram aqueles que fizeram a Revolução Industrial. E, por isso, têm que pagar a dívida histórica que têm com o planeta Terra”, enfatizou ele.

O festival Power Our Planet reúne artistas do mundo inteiro com o objetivo de fazer um alerta para o futuro do planeta e pregar um “novo pacto global” para enfrentar a crise climática.

Assista o vídeo com a íntegra do discurso de Lula

Antes de se reunir com os chefes de Estado, Lula participou, na capital francesa, de um almoço com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, Dilma Rousseff.

Encontros Bilaterais

Em sua primeira reunião bilateral, o mandatário se encontrou com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. As relações diplomáticas entre Brasil e África do Sul, que foram fechadas em 1948, completam 75 anos este ano.

Durante o encontro, os dois líderes falaram sobre a cúpula do BRICS – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, que ocorre entre os dias 22 e 24 de agosto em Joanesburgo, na África do Sul, e discutiram opções para trabalhar pela paz no conflito entre Rússia e Ucrânia.

Em seguida, Lula participou de uma reunião com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez. A reunião com Miguel Díaz-Canel Bermúdez marcou a retomada do diálogo com Cuba, encerrada nos últimos anos pelo governo anterior. Os presidentes brasileiro e cubano conversaram sobre temas ligados à América Latina e aproveitaram o encontro para debater assuntos relativos à conjuntura mundial.

Lula manteve ainda encontros com o primeiro-ministro da República do Haiti, Ariel Henry, e o presidente da COP-28 nos Emirados Árabes Unidos, Sultan al Jaber.

Ele ainda terá um encontro bilateral com Macron nesta sexta-feira (23), após o encerramento da cúpula, quando o presidente brasileiro fará seu discurso oficial. A comitiva de Lula só deve retornar ao Brasil no fim de semana.

Da Redação , com Gov.br e Agência Brasil

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