Em SP, professores denunciam fechamento de 163 escolas por Alckmin

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirma que a lista de 94 escolas que serão fechadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) está incompleta e foi divulgada ontem apenas para desmobilizar estudantes e professores

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) desmentiu, nessa quarta-feira (28), o número de 94 escolas listadas para serem fechadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Para a entidade, a lista está incompleta e foi divulgada apenas para desmobilizar estudantes e professores. Pelos cálculos do sindicato, a chamada reorganização do ensino desligará pelo menos 163 unidades no estado.

“Ele recuou momentaneamente com o objetivo de esvaziar a luta contra a desorganização. Mas vai levar o fechamento adiante, assim como também vai fechar turnos de escolas. Não importa se é uma, 94 ou 160, não vamos aceitar o fechamento de escolas”, afirmou a presidenta do Apeoesp, Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel.

Na tarde de ontem, o governo divulgou uma lista de 94 escolas a serem fechadas, e afirmou que pretende repassar os prédios às prefeituras locais ou outros órgãos públicos.

A proposta visa a deixar somente alunos de um mesmo ciclo – fundamental I ou II e médio – na mesma escola, alegando redução de alunos na rede. Alckmin defende que isso vai melhorar a qualidade do ensino no estado.

“Desafio o secretário e todos os que propuseram essa medida a explicar qual é o embasamento pedagógico dessa medida. Não tem. Dizer que as crianças têm de conviver só com outros da mesma idade é como querer colocá-las em uma redoma de vidro. Por que é que não se aproveita essa redução global do número de alunos e se reduz o número de alunos por sala?”, afirmou Bebel, durante audiência pública na Câmara Municipal paulistana.

A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) teme que ocorra uma corrida às escolas municipais, caso as famílias sejam prejudicadas pela distância das unidades para onde os filhos serão mandados ou pela separação de irmãos, por exemplo.

Além disso, a lista do governo Alckmin informa que 15 das escolas que serão fechadas na capital paulista poderão ser repassadas à gestão municipal. “Assim como não existem conversações oficiais sobre a reorganização, essa história de receber prédios não foi tratada até o presente momento com a prefeitura de São Paulo”, afirmou o diretor regional de ensino municipal da região de Pirituba, zona noroeste de São Paulo, Marcos Manuel.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Rede Brasil Atual”

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