Encontro celebra os 37 anos de luta e história do PT

Com o slogan “Ousadia para sonhar, coragem para lutar”, ato reuniu dirigentes petistas, militantes e parlamentares, no Sindicato dos Químicos (SP)

Paulo Pinto/Agência PT

Rui Falcão e Paulo Fiorilo

O Partido dos Trabalhadores completou 37 anos de história nesta sexta-feira, dia 10 de fevereiro. Para celebrar a data, dirigentes petistas, militantes e parlamentares se reuniram no Sindicato dos Químicos, em São Paulo.

Com o slogan “Ousadia para sonhar, coragem para lutar”, o encontro foi organizado pelo PT da capital paulista e relembrou a história de lutas e conquistas do partido e discutiu propostas para fortalecer a militância para novas batalhas.

O Presidente Nacional do PT, Rui Falcão, iniciou sua fala parabenizando os presentes pelo aniversário e pelo engajamento no partido. “Parabéns à vocês, homens e mulheres, que lutam pelo partido e pela nossa causa”.

Rui destacou os retrocessos do governo golpista de Temer e a necessidade da militância continuar na luta contra o golpe. “Temos um governo golpista que em um ano liquidou os avanços de 13 anos de nossa gestão. Com as nossas três palavras de ordem: Fora Temer! Diretas Já e Nenhum Direito a Menos, chegou o momento de partirmos para ações diretas, nada substitui o poder da militância. Temos que fazer uma oposição sistemática e implacável”.

O Presidente Nacional também comentou que o combate à reforma da previdência é uma das lutas mais importantes no momento e, por isso, a importância dos atos agendados para os dias 8 e 15 de março para barrar mais este retrocesso.

O deputado estadual e líder da Bancada do PT na Alesp, Zico Prado, relembrou os primeiros anos de história do partido e o contexto político da época. “Demos passos importantes na luta do povo brasileiro. Vínhamos de uma trajetória de ditadura militar. Naquela época, queriam nos calar da mesma forma que estão tentando agora”.

Zico também criticou a reforma da previdência e reforçou a importância e a força da mobilização popular para recuperar o direito dos trabalhadores. “Não temos que ter medo, sabemos que a luta é assim. Vamos para a rua! A luta tem que ser travada no dia a dia e é com o povo nas ruas. É assim que vamos reconquistar os direitos perdidos no golpe”.

Líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini

Já o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini, relembrou os avanços e as contribuições do PT para o Brasil e para a cidade de São Paulo.

“Avançamos muito em relação à época da fundação do nosso partido. O PT construiu outro Brasil. E em São Paulo, mudamos o transporte, o modelo de educação e a saúde. O PT foi o principal na luta da implantação do SUS, por exemplo”.

Zarattini também criticou o atual retrocesso. “A reforma da previdência é entre aspas, porque quando falamos em reforma, o trabalhador pensa que é algo bom, mas esta não é reforma, é desmonte e destruição. Os 37 anos do nosso partido foram de muita construção, mas agora é o momento de resistirmos, nos organizarmos e retomarmos a luta para impedirmos e barrarmos esse governo de vir para cima do povo brasileiro”.

Juventude e educação

Bebel Noronha, presidenta do Sindicato dos Professores Oficiais do Estado de São Paulo, destacou a contribuição do PT para a educação e como a reforma da previdência e outros retrocessos vão afetar a juventude brasileira, que representa o futuro do país.

“O PT foi o partido que mais melhorou a educação, mas os direitos estão sendo retirados. O futuro do país se constrói com a juventude, mas ela vai ser muito afetada pela MP do Ensino Médio e pela reforma da previdência. Precisamos ir à luta!”.

A vice-presidenta da União dos Estudantes (UNE), Tamires Sampaio, também participou do encontro e lembrou a participação dos jovens na fundação do partido.

“O PT foi construído por muitos jovens. A juventude tem um papel primordial na sociedade e, hoje, os jovens representam mais da metade da classe trabalhadora. O movimento estudantil está junto com o PT para reconstruí-lo, renová-lo e fortalecê-lo cada vez mais para gente continuar na construção do Brasil”.

Tamires Sampaio, vice-presidenta da União dos Estudantes (UNE)

 

Agenda de Lutas

Assim como Rui Falcão, Graça Xavier, coordenadora da União dos Movimentos de Moradia (UMM) reforçou a agenda de lutas para o primeiro semestre de 2017.

“Com Temer, perdemos diversos direitos nas áreas da saúde, educação e moradia. Nossa grande ferramenta nessa luta é a pressão popular. Vamos lutar juntos! É nas ruas que temos que reivindicar os nossos direitos”.

Renato Zulato, da CUT e do Sindicato dos Químicos, também chamou todos às ruas para o dia 15 de março, dia de paralisação geral. “Temos que ir par a rua de verdade para lutar por nossos direitos”.

6º Congresso

Rui Falcão lembrou que o objetivo do 6º Congresso Nacional do PT, que será realizado nos dias 1, 2 e 3 de junho, não é fazer disputa de tendência e, sim, “poder reformular nossa estratégia, atualizar o nosso programa, reforçar a nossa organização e, assim, ter mais unidade de ação”, explicou.

Ainda sobre o evento de junho, o presidente do Diretório Municipal do PT- SP, Paulo Fiorilo, destacou que este é um ano de mudanças importantes para os rumos do partido com a eleição do Processo de Eleição Direta (PED) Municipal e dos Congressos Estadual e Nacional. “A unidade da militância é essencial para que o partido esteja forte para lutar e tenha ousadia para tornar nossos sonhos realidade”, afirmou.

Arte

Intervenção artística na entrada do Sindicato dos Químicos

Durante o ato, os grafiteiros Todyone, Snarf, Robson Casé e Angelica fizeram intervenções na entrada do sindicato. De acordo com o secretário de comunicação do Diretório Municipal de São Paulo, João Bravin, o evento contou com arte e cultura para combater o cinza higienista da direita.

Homenagem

No final do encontro, foi feita uma homenagem à ex-primeira-dama Dona Marisa Letícia. Uma sala de reunião do DM-SP receberá o seu nome e todos os presentes fizeram um minuto de silêncio em sua memória. Rui Falcão recebeu a placa com a homenagem à Dona Marisa.

História

Fundado no dia 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion (SP), o Partido dos Trabalhadores surgiu com a necessidade de promover mudanças na vida de trabalhadores da cidade e do campo. O reconhecimento oficial do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral do PT como um partido político brasileiro veio dois anos depois, em 11 de fevereiro de 1982. Ao longo dos últimos 37 anos de história,  o partido carrega conquistas importantes que transformaram a vida dos brasileiros e das brasileiras. Conheça mais da história do partido aqui.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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