“Envergo, mas não quebro”, garante Dilma na Marcha das Margaridas

Presidenta Dilma Rousseff anuncia aumento do crédito fundiário, melhorias na saúde e educação das mulheres do campo, ampliação de cisternas produtivas, entre outros durante encerramento da Marcha das Margaridas

Foto: Lula Marques/Agência PT

Ao som da música Aquarela do Brasil cantada por Elis Regina, o gramado do Mané Garrincha em Brasília foi enfeitado por grandes margaridas durante a apresentação de encerramento da 5ª Marcha das Margaridas.  A presidenta Dilma Rousseff acompanhou o evento e recebeu um chapéu rosa da coordenadora-geral da Marcha das Margaridas, Alessandra da Costa Lunas. Na noite de abertura, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi agraciado com o acessório que virou o símbolo das mulheres da marcha.

Antes da presidenta Dilma Rousseff iniciar o discurso, a plateia de “margaridas” fez um coro com os dizeres “Não vai ter golpe !”. Emocionada, ela saudou as mulheres do movimento.

“A emoção que estou de viver aqui esse momento, é mais um feliz encontro para cada uma de nós e para meu governo”, disse a presidenta.

A presidenta reforçou que vai continuar o mandato legitimamente.

“Nós margaridas, que geramos a vida, não permitiremos que ocorra qualquer retrocesso nas conquistas sociais e democráticas”, disse.

Dilma Rousseff  garantiu que honrará com as reivindicações das mulheres que desde 2000 marcham reivindicando melhores condições de vida e trabalho no campo. A presidenta reforçou que o governo federal irá implementar patrulhas rurais da Maria da Penha para evitar a violência contra mulheres no meio rural, e que serviços especializados de atendimento serão ampliados.

Na área de educação, a presidenta ressaltou que no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) haverá cursos voltados para capacitar “10 mil promotoras legais”, que ajudarão ao combate de violência contra as mulheres.

De acordo com a presidenta, o governo lançará uma mobilização nacional em atenção à saúde da mulher do campo, floresta e águas. Será escolhido um dia que “passará a fazer parte do calendário oficial do Sistema Único de Saúde”.

A ideia é estabelecer um dia no mês de novembro para que as mulheres tenham prioridade nos atendimentos nos postos de saúde. Serão realizados exames de papanicolau, controle de câncer no colo do útero e mama, além da atualização da carteira de vacinação.

Será incorporado ao SUS condições para identificar intoxicações agudas e crônicas por agrotóxicos e por animais peçonhentos. Além disso, 109 unidades odontológicas serão fornecidas para atender a população rural, sendo 7 destinadas para a saúde indígena.

No setor de educação, a presidenta garantiu ampliação no número de vagas em creches e pré-escolas. Dilma Rousseff informou que “o MEC garantirá recursos de 1.200 espaços nas escolhas de creches”, com prioridade para crianças de 4 e 5 anos.

Melhores condições e oportunidades de trabalho fazem parte das demandas das “margaridas”. Para atender as reivindicações, a presidenta prometeu que “implantar até 2018 mais de 100 mil cisternas produtivas, garantindo água para a produção”.

Dilma Rousseff detalhou que o governo está ” trabalhando na elaboração do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos”.

Crédito fundiário – A presidenta informou que o governo federal está trabalha para atualizar “o perfil de renda e de patrimônio dos beneficiários do programa”. E que “o limite de patrimônio será de 100 mil reais para herdeiros”.

Ao final do discurso, Dilma Rousseff destacou uma música do cantor Lenine para encerrar sua oratória. Ela citou a canção ‘Envergo, mas não quebro’ para sustentar a força de seu mandato.

“Margaridas, podemos envergar, mas não quebramos. Nós seguimos em frente”, afirmou.

Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias

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