Escalada da violência política preocupa Lula, conta pastora luterana

Após visita ao ex-presidente, Anete Roese relatou que ele vê com preocupação as ameaças, perseguições e até morte de quem defende a democracia

Joka Madruga

Pastora Anete Roese, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil

O ex-presidente Lula está apreensivo com o aumento da violência política no País, com pessoas sendo ameaçadas, perseguidas e até mortas em nome de um projeto político antidemocrático.

O relato foi feito na tarde desta segunda-feira (22) pela pastora evangélica Anete Roese, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), que se encontrou com o ex-presidente na sede da Polícia Federal. Durante a visita, eles falaram de religião, política e da trajetória de líderes mundiais pela paz como Gandhi, Mandela e Martin Luther King Jr.

Lula está preocupado também com o futuro dos mais pobres, cuja situação se agravaria ainda mais com a vitória da candidatura adversária. “Falamos de quanto retrocesso teremos se abrirmos as portas para a perseguição, para a violência e para a exclusão ainda maior dessas pessoas”, contou.

Segundo a pastora, o momento exige sabedoria para evitar o agravamento da situação política. “Os portões da violência estão se abrindo e precisamos ter a consciência iluminada nessa última semana antes da eleição, para não fazermos uma opção que leve o Brasil a uma avalanche de violência sem precedentes, que  a gente não sabe onde vai parar”, disse.

Anete alertou que ninguém estará a salvo da violência se ela sair de controle. “As pessoas pensam que a violência que elas praticam ou desejam a outros ficará longe delas, mas na verdade ela vai entrar em nossas casas, vai atingir nossos filhos, por isso precisamos lutar por um projeto de paz”, afirmou. Na opinião dela, essa escalada de violência faz parte de um projeto político.

O ódio que está sendo despejado por alguns contra o PT é na verdade direcionado às pessoas mais desfavorecidas, analisou Anete. “Não é ódio ao partido, mas àqueles que alguns grupos entendem que não devem ter direitos. E não são só minorias, mas também mulheres, negros”,  disse.

Por Luís Lomba, da Agência PT de Notícias, direto de Curitiba

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