Estão matando sonhos e esperanças dos brasileiros, condena Paim

Senador foi à tribuna denunciar golpe contra o povo brasileiro e um projeto de país mais democrático, justo e inclusivo

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Paulo Paim (PT-RS) fez uma fala emocionada na noite desta terça-feira (30), na tribuna do Senado, contra o golpe parlamentar em curso na figura do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O senador gaúcho relembrou as raízes das lutas rebeldes da região Sul do país para reafirmar a necessidade de resistência popular contra a retirada de direitos.

No fim das contas, o alvo não é a presidenta. É um projeto que foi construído com o voto popular. Não estão apenas condenando uma mulher inocente, estão matando os sonhos e as esperanças de homens e mulheres de norte ao sul do país, dos campos, das cidades, das florestas, do serrado, dos pampas. O golpe é contra você, dona de casa, é contra você, pequeno empreendedor, é contra você trabalhador, é contra você aposentado e pensionista que deram a vida pelo país”, disse.

Paim criticou ainda aqueles que têm aversão à soberania popular por meio do voto. “O que estamos vendo é um atentado político, um golpe parlamentar, que o mundo está assistindo, por parte daqueles que perderam o amor pela liberdade e pela democracia. Está na Constituição: todo poder emana do povo, e a ele deve ser concedido. Não aceitam nem plebiscito, como se tivessem medo de eleição. Não podemos deixar que grupos de uma maioria eventual possam ditar a hora de levar à guilhotina uma inocente”, lamentou.

O senador relembrou o boicote ao governo de Dilma, revelando o tom “quanto pior, melhor” da oposição no parlamento, que criou uma crise política para ampliar a crise econômica.

“Um discurso fácil de terra arrasada é feito para aplicar os chamados remédios amargos, que, na verdade, são veneno contra o povo. É o impeachment, a reforma da previdência e trabalhista, é o negociado acima do legislado, o corte dos benefícios dos doentes, inválidos e pensionistas. Querem, sim, e não adianta dizer que não, que o trabalhador se aposente apenas a partir de 65 ou 70 anos. Querem a desvinculação das receitas da saúde e da educação, o fim da valorização do salário mínimo, estão sucateando as universidades e o SUS”, denunciou.

Está na Câmara a discussão da privatização do nosso querido pré-sal. Tudo isso está no documento Uma Ponte para o Futuro, amplamente divulgado pelo presidente interino com um único objetivo: atender o mercado que financia o golpe. Não tenho dúvida que a história dirá quem estava com a razão e a verdade. O que vemos é a força do poder econômico contra os fracos”, concluiu Paim.

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Da Redação da Agência PT de Notícias

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