Faltou emprego para 27,6 milhões no 2º trimestre, aponta IBGE

Taxas de desemprego são maiores entre mulheres, negros e pardos. Número de empregos formais diminuiu e aumentou o número de bicos

Jailton Garcia

Mutirão de empregos atraiu milhares no centro de São Paulo

As políticas econômicas do governo golpista de Temer, que apenas retiraram direitos dos trabalhadores, seguem mostrando que não servem para gerar empregos. Segundo dados publicados pelo IBGE, a subutilização da força de trabalho, que inclui desempregados, pessoas que trabalham menos horas do que poderiam e pessoas que desistiram de buscar emprego, foi de 24,6% no segundo trimestre de 2018. A taxa corresponde a 27,6 milhões de pessoas.

No segundo trimestre de 2018, as maiores taxas de desocupação entre as unidades da federação foram: Amapá (21,3), Alagoas (17,3%), Pernambuco (16,9%), Sergipe (16,8%) e Bahia (16,5%). As menores taxas de desocupação foram observadas em Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (7,6%), Rio Grande do Sul (8,3%) e Mato Grosso (8,5%). No Brasil, a taxa de desocupação foi de 12,4%.

O contingente de desalentados no segundo trimestre de 2018, chegou a 4,8 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade, valor superior ao do 1º trimestre (4,6 milhões) e do 2º trimestre de 2017 (4,0 milhões de pessoas). Esse foi o maior contingente de desalentados da série histórica da PNAD Contínua, que começou em 2012.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho adequado, ou não tinha experiência ou qualificação, ou era considerado muito jovem ou idosa, ou não havia trabalho na localidade em que residia – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Ela faz parte da força de trabalho potencial.

Como resultado nefasto da reforma trabalhista, o número de empregos formais também diminuiu em relação ao ano anterior. No 2º trimestre de 2018, 74,9% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, número 0,9 pontos percentuais a menos que no 2º trimestre de 2017.

O bico também se alastra pelo Brasil. No segundo trimestre de 2018, 91,2 milhões de pessoas estavam ocupadas, sendo 67,6% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,8% de empregadores, 25,3% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,3% de trabalhadores familiares auxiliares.

A taxa de desemprego no 2º trimestre de 2018 foi de 12,4%. Este indicador apresentou redução de 0,7 pontos percentuais em relação ao 1º trimestre de 2018 (13,1%). A região com maior taxa de desemprego foi o nordeste, registrando no 2º trimestre uma taxa de 14,8%. A região Sul teve a menor taxa (8,2%).

Com um total de 12,9 milhões de desocupados, a realidade é mais severa para mulheres, negros e pardos. No 2º trimestre de 2018, entre os desempregados. 52,3% eram pardos, 11,8% negros e 35% brancos. No 2º trimestre as mulheres eram maioria tanto na população em idade de trabalhar no Brasil (52,4%), quanto em todas as grandes regiões. Porém, entre as pessoas ocupadas predominavam os homens no Brasil (56,3%). Já na população desocupada as mulheres eram maioria (51,0%), includindo as análises por região, om exceção do nordeste.

Por redação da Agência PT de notícias, com informações do IBGE

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast