Filho de Bolsonaro diz que “não vai se dobrar” às decisões do STF
Em um eventual governo do candidato do PSL, Eduardo Bolsonaro disse que não aceitará declaração de inconstitucionalidade da Corte sobre projetos
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Em discurso na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados no dia 12 de Julho, Eduardo Bolsonaro (PSL), voltou a criticar o que ele chama de “Ditadura do STF” ao comentar a possibilidade da volta do voto impresso.
Após dizer que “juiz acha que tem o rei na barriga e o ministro da Suprema Corte tem certeza que tem o rei na barriga”, o deputado reeleito, disse que em um próximo governo, não pretende “se dobrar” às decisões do Supremo Tribunal Federal. “Caso o próximo presidente venha tomar medidas e aprovar projetos que sejam contrários ao gosto desse STF, eles vão declarar inconstitucional. E, aqui, a gente não vai se dobrar a eles não”.
Já em pré-campanha, Eduardo defendeu a ideia do pai, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), de aumentar o número de ministros da corte. “Eu apoio a ideia de Jair Bolsonaro de aumentar o número de ministros do STF, para tentar equilibrar o jogo”.
Durante uma palestra, pouco antes do primeiro turno, Eduardo afirmou que se o STF impugnar a candidatura do pai “terá que pagar para ver o que acontece. Será que eles vão ter essa força mesmo? Se quiser fechar o STF você não manda nem um Jipe, manda um soldado e um cabo”. A declaração viralizou e ministros do STF reagiram.
Em seu discurso na comissão da Câmara, o deputado ainda diz que “em um momento de ruptura”, quer ver quem vai para a rua fazer manifestação pelo STF.
“Eu quero ver quando tivermos em um momento de ruptura, mais doloroso do que colocar 10 ministros na Suprema Corte, se esse momento chegar, eu quero ver quem é que vai para a rua fazer manifestação pelo STF. Quero ver quem é que vai para a rua dizer: ‘ministro X, volta ministro X’ estamos com saudades”, afirmou.