Filhos de Bolsonaro envolvidos (novamente) no uso indevido de verba pública

Eduardo usou verba da Câmara para contratar empresa de mulher de assessor; Flávio beneficiou assessora e parente em gabinete

Agência Brasil/Agência Câmara

Flávio e Eduardo Bolsonaro

O uso indevido de verbas públicas por parte da família Bolsonaro parece um verdadeiro lodo sujo: quanto mais mexe, mais fede. Enquanto os casos de Queiroz e as candidaturas laranjas do PSL seguem sem a investigação apropriada, surgem novas denúncias: Eduardo usou verba da Câmara para contratar empresa de mulher de assessor, enquanto Flávio beneficiou uma assessora e parentes em seu gabinete.

A manobra de Eduardo Bolsonaro foi noticiada pela revista Época, segundo a qual, Eduardo pagou R$ 960 à Locar1000, locadora de veículos que pertence à mulher de um assessor de Jair, pelo aluguel de um carro na semana anterior.

A Locar1000 pertence a Ghislaine Maria de Oliveira, mulher de Joel Novaes da Fonseca, assessor do gabinete pessoal da Presidência da República desde 18 de janeiro. Antes de despachar no Palácio do Planalto, Joel trabalhou no gabinete de Jair Bolsonaro entre 2016 e 2018, e no gabinete de Eduardo Bolsonaro entre 2015 e 2017.

O novo caso envolvendo Flávio Bolsonaro diz respeito a dinheiro do fundo eleitoral entregue a candidatas do PSL do Rio de Janeiro, que foi usado para pagar empresa de uma ex-assessora dele na Assembléia Legislativa do estado, segundo informou a Folha.

A principal beneficiada é a contadora Alessandra Ferreira de Oliveira, primeira-tesoureira do PSL carioca. Durante as eleições, a empresa de Alessandra (Ale Solução e Eventos) recebeu R$ 55,3 mil vindos de pagamentos de 42 candidatos do partido dos Bolsonaro no Rio de Janeiro.  Outros favorecidos foram dois parentes de Valdenice de Oliveira Meliga, tesoureira do diretório estadual do PSL, considerada a assessora mais próxima a Flávio.

No período em que cuidava das contas de candidatos, Alessandra estava lotada no gabinete da liderança do PSL, que era ocupado por Flávio. Ela recebia um salário bruto de R$ 6.490,35 entre maio do ano passado e o último dia 12, quando foi exonerada. De junho a outubro, quando faturou R$ 55,3 mil nas eleições, a contadora recebeu R$ 30 mil líquidos no cargo.

Das 33 candidatas que contrataram Alessandra, mais da metade recebeu R$ 2.857,14 do partido, que tiveram sempre um mesmo destino: R$ 750 para a empresa da contadora e igual valor para um escritório de advocacia

As candidatas tiveram liberdade de usar os R$ 1.357,14 restantes, e a verba sobressalente também beneficiou parentes de Valdenice, a tesoureira do PSL-RJ. Seu irmão, Paulo Eduardo Rodrigues de Oliveira, recebeu R$ 1.350. Renan Meliga dos Santos, sobrinho do marido de Val, também foi contratado por R$ 7.500 para locação de veículos.

Da Redação da Agência PT de notícias, com informações da Folha e da Época

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