Fórum das Gestoras Petistas tem primeiro encontro do ano

Foi realizada na noite de quarta-feira (6), na sede do PT Nacional, em Brasília, a primeira reunião do Fórum das Gestoras Petistas, um importante momento de partilha de desafios e fortalecimento das mulheres petistas. 

Participaram da atividade a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a secretária nacional de mulheres, Anne Moura, e outras lideranças que ocupam cargos no governo federal, e em órgãos como o Correios. 

“Este é um espaço de trocas nossas. Estamos em diferentes frentes de atuação e entendemos que momentos como este são mais que necessários para trocas de experiências e discussão de estratégias coletivas”, discursou Moura.

“Vocês sabem que a vitória do presidente Lula teve muito da presença das mulheres, e esse governo é feito pelas mãos das mulheres. Pela primeira vez temos uma grande presença de ministras. Além disso, temos esse ano o desafio grande de eleger mais mulheres para prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras. Não podemos esquecer que continuamos sob a ameaça do golpe”, alertou a secretária nacional. 

Na sequência, a presidenta do PT destacou a importância da retomada do encontro, que foi iniciado na época do golpe contra Dilma Rousseff. Hoffmann reiterou a importância que o pleito de 2024 terá para a consolidação do projeto político do governo Lula, tendo em vista que eleger mais vereadoras é um passo decisivo para eleger, em 2026, novas lideranças a deputadas estaduais e federais. A disputa com a extrema direita segue viva e, com ela, está a disputa por um projeto de país mais respeitoso, sem fome, justo e sem misoginia.

“É muito importante fazer essas conversas e nos reunirmos porque precisamos nos organizar para a disputa política que teremos nas eleições deste ano. Em 2023, estávamos reorganizando a máquina do governo, porque a maioria dos ministérios criados pelo presidente Lula foram extintos, por isso foi um ano para organizar a casa”, ressaltou Gleisi.

“É óbvio que devemos ficar muito atentas, pois temos um governo em disputa de linha política, em disputa de projeto. Por esta razão, reforço que precisamos estar coordenadas e ter unidade, vamos caminhar para uma eleição importante, e a gente tem condições de disputar e fazer um número maior de eleitas não só do PT, mas também do campo progressista. É preciso aumentar a capilaridade nas câmaras municipais e prefeitas, e não só mudar o cenário nacional para a presidência”.

A necessidade da renovação geracional também foi abordada por ela. “Sobre as eleições, queremos incentivar a presença das mulheres jovens. Precisamos ampliar o número de mulheres nas prefeituras, e temos que ter um número grande nas vereanças para estimular a renovação das mulheres com mais quadros. Este é o caminho inicial para elas disputarem outros cargos como deputadas estaduais e federais para fortalecermos a bancada federal no Congresso”, refletiu a presidenta. 

A ministra Cida Gonçalves destacou que o tema ‘mulheres’ é uma pauta que permanecerá em disputa permanente. Ela destacou ser fundamental ampliar ao conhecimento das brasileiras as políticas públicas e programas que o governo Lula tem implementado “essas políticas são oriundas das mulheres do PT”.

Além disso, ela também alertou para o avanço do conservadorismo na sociedade, e citou o caso de algumas empresas que estão se negando a cumprir a Lei da Igualdade Salarial e Remuneratória entre homens e mulheres: “Conseguimos aprovar a lei da igualdade salarial, e temos empresas entrando na justiça para não cumprir a lei. Como alguém não tem vergonha de não querer a igualdade? Isso é atraso”, questionou.

Ainda fizeram falas Maria Helena Guarezi, Secretária-Executiva do Ministério das Mulheres; Eliane Aquino, secretária nacional de Renda e Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS); Iêda Leal, secretária de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, e Maria do Carmo Lara, Diretoria Econômico-Financeiro, Tecnologia e Segurança da Informação; além de companheiras que também compartilharam depoimentos e análises.

Da Redação Elas por Elas