Gleisi rebate editoriais dos jornalões, que insistem em arrocho sobre mais pobres
“Invertem a equação da economia real, que pede mais crédito e investimentos para crescer, e ameaçam com mais juros e especulação com o câmbio, como se isso fosse trazer o tal equilíbrio fiscal e reduzir a inflação”
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Os jornalões não esperaram o início da semana para abrir a artilharia neoliberal contra o governo Lula. No sábado (9) e domingo (10), impressos como Folha, Globo e Estadão escancararam a estratégia de encurralar a equipe econômica na agenda de corte de gastos do capital financeiro. O tom é de cobrança pela demora no anúncio do pacote fiscal e de defesa de medidas que prejudiquem o bem-estar da população mais vulnerável. Bem aos moldes do que Javier Milei faz na Argentina, resultando em uma disparada da pobreza, que já afeta mais de 52% dos argentinos. A presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, rebateu mais uma vez a cantilena de austericídio da mídia corporativa.
“Editoriais uníssonos do Globo, Folha e Estadão refletem a frustração e até o espanto dos donos da mídia com a não divulgação, até agora, dos chamados ajustes fiscais que eles tanto exigem”, pontuou Gleisi, pelo X. “Eles esperam impor ao governo e ao país o sacrifício dos aposentados, dos trabalhadores, da saúde e da educação, que podem até combinar com o neoliberalismo frenético do governo passado, mas não com o governo que foi eleito para reconstruir o país”, argumentou a petista.
Editoriais uníssonos do Globo, Folha e Estadão refletem a frustração e até o espanto dos donos da mídia com a não divulgação, até agora, dos chamados ajustes fiscais que eles tanto exigem. Eles esperam impor ao governo e ao país o sacrifício dos aposentados, dos trabalhadores,…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) November 10, 2024
De fato, o disco arranhado dos jornalões repete a mesma e surrada receita de asfixia de investimentos no espaço orçamentário do governo. A Folha, por exemplo, vê o crescimento brasileiro projetado do Brasil como “pífio”, além de um risco inflacionário. O remédio? Arrocho, “urgente”. Na mesma linha, o Globo diz que Lula “deve” ao país um “programa urgente de controle de gastos”.
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“Lula já dispõe faz tempo de todas as informações necessárias para tomar decisões. Infelizmente, continua a procrastinar”, lamenta o jornal da família Marinho, em editorial publicado no domingo.
Nadando na contramão do mundo, onde o debate econômico já acomodou o consenso de que o modelo neoliberal fracassou, só tendo sido bem-sucedido em produzir miséria e pobreza com a receita de corte de gastos, o editorial do Globo investe em mais uma fake news econômica.
“Nada pune tanto a população desassistida quanto o descontrole fiscal, que aumenta a incerteza, pressiona a inflação e força o Banco Central a aumentar os juros, inibindo investimentos, a geração de empregos e o crescimento da economia e da renda”, mentiu o diário, sem pudor.
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Economia real só cresce com crédito e investimentos
A presidenta do PT foi obrigada, mais uma vez, a refrescar memória falha da velha mídia, apontando que a economia só cresce com maiores oportunidades de investimentos, o que não se consegue em um cenário de restrições fiscais e juros abusivos, como os praticados no país.
“[Jornalões] invertem a equação da economia real, que pede mais crédito e investimentos para continuar crescendo, e ameaçam com mais juros e mais especulação com o câmbio, como se isso fosse trazer o tal equilíbrio fiscal e reduzir a inflação”, denunciou a petista.
Pra Gleisi, Lula “age muito bem, com cautela e muita responsabilidade, resistindo às pressões descabidas dos mercados e de seus porta-vozes na mídia”.
Da Redação