Gleisi saúda Juventude do PT e diz Lula a quer nas ruas

Senadora participou da mesa de abertura do Congresso Extraordinário que acontece no Paraná, ouvindo propostas e debatendo o papel da mobilização jovem para Lula Presidente

Eduardo Matisyak

Gleisi Hoffmann no Congresso Extraordinário da JPT em Curitiba

Uma manhã animada por cantos, batuques, luta política e resistência marcou o Congresso Extraordinário da Juventude do PT, que acontece em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, neste final de semana. “Se o presidente Lula não pode ir ao Congresso da Juventude, a Juventude veio para estar do lado do presidente que vamos reeleger”, resumiu Moara Correia Saboia.

“Falavam a torto e a direito que iam levar Lula para Curitiba. O que eles não sabiam era quem vinha junto com Lula! E nós não arredaremos pé um só minuto daquela vigília! Esse congresso é a prova viva de que vamos aquecer nossos corações e mentes com política e transformação social”, afirmou Vitor Quarenta.

Muito satisfeita com a qualidade dos debates apresentados, a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, saudou a iniciativa. “Pensem em um evento com energia boa, juventude animada, com muita unidade política e vontade de defender Lula e o PT. Mais de 1.200 jovens em Curitiba. Foi lindo o ato de abertura. Estou muito feliz em ver nossa juventude com essa qualidade política e disposição de luta!”

Também presente no evento, o deputado federal Zeca Dirceu reforçou seu compromisso em se somar à luta da juventude, por fortalecimento e renovação. “É a juventude que tem coragem, que tem ousadia, que tem energia para enfrentar um momento tão adverso. Nosso papel nunca foi tao crucial como hoje. Nossa juventude mantém acesa a chama da esperança, e uma chama que as pesquisas mostram que cresce a cada dia. Temos de provar a inocência de Lula e garantir a inocência de Lula.”

“Essa conjuntura deixa os jovens mais desmobilizados, mas a Juventude do PT vem trazer respiro e esperança para mostrar o quanto de organização temos para ocupar os espaços”, afirmou Clélia Moreira, da Juventude do Avante.

A necessidade de organizar a Juventude e levar aos jovens do campo e da cidade, do centro e da periferia, de todos os estados do país, os debates mais urgentes neste momento crucial do país deu a tônica das falas. “Defender e reorganizar a juventude na base, nos municípios e estados é nossa prioridade”, defendeu João Luis Lemos.

“O centro estratégico da luta popular no Brasil hoje é furar o cerco que os golpistas impõem às lutas populares. Essa política pretende nos aniquilar como fizeram na ditadura, mas estamos do lado certo da História. Nosso campo não está aqui de brincadeira e eles não vão parar a marcha da História, vão pagar cada centavo do que fazem conosco”, resumiu Iuri Brito.

“A crise dos combustíveis mostra que o projeto privatista do golpe, a destruição da soberania, se reflete todos os dias nas nossas vidas. Jovens que deixam as universidades, deixam de construir seus sonhos, para sustentar suas famílias. A perseguição não é apenas ao Lula, ao PT, a algumas siglas. É a um projeto que atenda às reivindicações da juventude e da classe trabalhadora. O que está em jogo é o nosso futuro”, avaliou Sara Lindalva.

Os ganhos inegáveis durante os governos do PT ajudaram a empoderar uma geração de jovens que viram mudanças efetivas em suas vidas e hoje lutam contra o retrocesso. “Minha vó era empregada doméstica. Minha mãe era empregada doméstica. Foi graças aos governos do PT que eu, jovem, negra, seja hoje graduada em Direito e que minhas duas irmãs estejam na universidade. Negros, pobres e jovens da periferia têm acesso à universidade graças ao PT”, contou Crisciele.

“Estamos aqui para defender as nossas lutas. Jamais aprisionarão nossos sonhos. Jamais aprisionarão os sonhos da Juventude do PT”, resumiu Jéssica Italoema.

 

Gleisi: “Não temos que ficar acuados. Temos o melhor a oferecer para o Brasil”

Após acompanhar reuniões de organização do Congresso e da abertura, na noite de ontem, na esquina democrática Olga Benário, a presidenta nacional do PT participou da mesa de abertura escutando e acolhendo as contribuições de todos os falantes. “Pensa numa pessoa muito feliz com a realização deste congresso: sou eu. Se tem alguém mais feliz do que eu, é Lula, que, aliás, mandou um grande abraço e um beijo para vocês e ficou muito feliz de saber que vocês vieram realizar o congresso em Curitiba.”

A senadora lembrou que, já no 6 Congresso Nacional do Partido, no ano passado, o ex-presidente havia expressado a vontade de agitar a juventude, ir às ruas e disputar a política. Por isso também, a primeira reunião de Gleisi como presidenta foi com a Juventude. A presença de 1.200 jovens no Paraná é, em sua visão, um momento histórico para o Partido.

“É dessa dinâmica que a gente precisa, desse clima que estamos vendo aqui. Eu nunca vi um momento de tanta unidade política nossa, de tanta compreensão do momento político que estamos vivendo, de tanta assertividade nas propostas”, resumiu. “É uma pérola uma mesa como essa, a profundidade do debate, a visão política. É uma coisa maravilhosa.”

Gleisi citou especificamente a divulgação neste sábado da pesquisa IP Brasil Opiniã, que traz que a percepção negativa sobre o país subiu para 92% depois da crise dos combustíveis. “Eu acho que estamos num dos momentos mais propícios da luta política, aquela em que mais temos que fazer uma ofensiva politica dentro do nosso programa. Pode se preparar, porque vamos fazer uma disputa ainda maior com a extrema direita”, alertou.

Assim como aconteceu em países da Europa, momentos de crise levam a uma radicalização dos posicionamentos. No Brasil, fez com que partidos mais ao centro perdessem espaço, dando lugar a um discurso da extrema direita como o que pede intervenção militar. “Mas não temos que ficar acuados. Temos que disputar cada milímetro porque temos o melhor programa para o país e o melhor candidato. Nós temos o melhor a oferecer para o Brasil.”

A greve dos caminhoneiros é um exemplo de oportunidade de disputar posições, mostrando para os que estão dentro do movimento o que está em jogo, os direitos que estão ameaçados e o modelo fracassado imposto ao Brasil. Após o fracasso político da lógica golpista, a crise dos combustíveis mostrou o fracasso econômico de uma política neoliberal na gestão do estado. “Ficou claro que a proposta que eles têm não dá conta da totalidade do povo e do país, e expôs principalmente o projeto que sempre tiveram para o Brasil: o estado mínimo, o crescimento baixo, o desemprego.”

Daí a necessidade, avalia, de romper esse ciclo e, nas ruas, denunciar os ataques aos direitos e que, nos governos do PT, mostrou-se possível colocar todo o povo dentro da política de desenvolvimento nacional.

“Fizeram uma ofensiva contra os governos do PT, deram um golpe, mas não contavam com o elemento de que não poderiam de novo manipular o povo, que ninguém ia aceitar o discursinho deles de que parte da sociedade não cabe nas contas públicas, não cabe no orçamento da União. Eles não conseguiram entregar o que prometeram para o povo brasileiro. Porque prometeram o céu: vamos tirar o PT e tudo vai se arrumar. Mas não deu certo! Porque o projeto deles nunca vai dar certo, é um projeto excludente.”

Só mesmo através de um golpe esse tipo de ideologia poderia ter chegado ao poder, ainda mais porque foi derrotado por quatro eleições consecutivas. “É por isso que há hoje essa vontade popular de ter um governo progressista. É por isso que, quando fazem pesquisas, o Lula aparece em primeiro lugar. Porque isso está na memória do povo.”

Todas as adversidades e a perseguição podem, agora, se converter em um momento positivo para o PT. “É um dos maiores momentos para nos colocarmos a serviço do país, do povo brasileiro, para mostrar que temos projetos.”

Projetos esses que só nascem pela preocupação em dialogar com os mais diferentes setores da sociedade, que é justamente o que acontece agora no Paraná com o Congresso Extraordinário da Juventude.

“A juventude quer voltar a ter esperança, quer confiar, quer algo de concreto. Não podemos perder para o reacionarismo, que faz a disputa em cima dos jovens, que acham que a intervenção militar é radical, é o rompimento com o status quo, mas não sabem o que é isso. Vamos mostrar que a radicalidade está na conquista de direitos, nos direitos do povo negro, no acesso ao trabalho, à educação.”

Por isso também, Gleisi fez questão de ressaltar que Fernando Haddad, coordenador do programa de governo de Lula, se reunirá com a JPT para discutir um plano ousado que leve em consideração as demandas discutidas agora no Paraná. “Lula vai ser candidato porque é inocente, é candidato de parcela expressiva do povo brasileiro, que é insistente, e está em pleno exercício de seus direitos políticos.”

“Nós temos uma responsabilidade histórica de defender o povo brasileiro, e a melhor defesa é apresentar Lula como candidato, é resgatar o nosso programa, é fazer mais e fazer melhor!”

Levar esses debates para as ruas, as escolas e os bairros é fundamental para isso. “Nós temos que consolidar a nossa campanha, e vamos fazer isso no próximo dia 8, em Minas Gerais. Em todos os atos, vamos fazer uma apresentação de idéias do projeto. E eu espero que a Juventude tenha muito candidatos e candidatas participando do processo, porque estamos num momento muito importante para o PT e decisivo para o Brasil. Temos a responsabilidade de conduzir esse processo, e não só ficar olhando e reclamando. ”

“Sabemos lutar e é essa luta que vamos fazer. Não temos medo deles, porque estamos do lado do povo brasileiro!”, concluiu.

Assista ao ato do Congresso Extraordinário da Juventude do PT

#AOVIVO | Congresso Extraordinário da Juventude do PT, em Curitiba

Publicado por PT – Partido dos Trabalhadores em Sábado, 2 de junho de 2018

Da Redação da Agência PT de Notícias

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