Governo assegura R$ 2,6 bi com leilão de três terminais portuários

Resultado produz benefícios financeiros às contas públicas, mas, principalmente, segundo Nelson Barbosa, traz novos investimentos ao país

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Porto de Santos pode ser privatizado

A arrecadação de R$ 430 milhões pela concessão de licença de arrendamento de três terminais portuários federais em Santos fez o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, comemorar o primeiro leilão da segunda etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL2).

Realizado na manhã desta quarta-feira (9) pela Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa), o leilão foi organizado e conduzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

O terminal de Vila do Conde, no Pará, incluído na operação, não recebeu propostas e será reagendado para a nova rodada de leilões, ano que vem (2016).

Apesar disso, Barbosa definiu o leilão, em entrevista após o seu encerramento, como “sucesso” e demonstração de “dinamismo da economia brasileira”, apesar do período de retração econômica.

Isso por que, além da licitação viabilizar recursos para o Tesouro, ainda atrai novos investimentos em infraestrutura, geração de emprego e renda no país, objetivos primordiais do PIL.

“O principal objetivo é realizar mais e mais investimentos, não é o valor de outorga”, observou Barbosa, ao contabilizar, além do valor pago pela licença, a captação de mais R$ 600 milhões a serem investidos na implantação do terminal e outros R$ 1,6 bilhão em recursos para o governo federal.

“A receita das concessões ajuda a elevar o resultado primário do governo, mas nosso principal objetivo no programa de concessões é melhorar a infraestrutura no Brasil”, afirmou.

A soma total do leilão, considerados o arrendamento, a licença e os investimentos privados, devem alcançar R$ 2,6 bilhões, nas contas do ministro dos Portos, Helder Barbalho, também presente ao evento.

“É um montante significativo, com a abertura de novas operações. Estamos inaugurando um novo capítulo que abrirá um horizonte seguro”, afirmou. “Estamos diante de um absoluto sucesso”, concordou Barbalho.

Três arrendamentos – O arrendamento da área de Macuco, arrematado hoje pela Fibria Celulose por R$ 115 milhões, se destinará ao transporte de cargas de papel e celulose. A proposta vencedora foi apenas R$ 1 milhão maior que a da concorrente Eldorado Brasil Celulose.

A área de Paquetá, para movimentação também de papel e celulose, foi arrematada pela Marimex Despachos, Transportes e Serviços, por uma única oferta de R$ 12,5 milhões.

A terceira área, no bairro de Ponta da Praia, para granéis sólidos de origem vegetal, foi vencida pela proposta de R$ 303 milhões do consórcio LDC Brasil BSL, constituído pelas multinacionais Louis Dreyfus Commodities e Cargill.

 Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações do portal “G1”

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