Há 15 anos, Lula recebia o mais importante prêmio da Espanha

Poucos meses após tomar posse como presidente, ele foi homenageado com uma honraria entregue a líderes como Nelson Mandela e Mikhail Gorbachev

Agência Brasil
Dona Marisa e o presidente Lula na posse do primeiro mandato, em 2003. Foto: Agência Brasil

Dona Marisa e o presidente Lula na posse do primeiro mandato, em 2003

Após uma campanha que fez renascer a esperança do povo, não demorou para que a eleição de Lula despertasse a atenção fora do país. A ascensão de um operário ao posto mais alto da República, em 2003, fez com o que o mundo voltasse os olhos para uma nova era política e econômica que começava no Brasil.

Apenas quatro meses depois de subir a rampa do Planalto pela primeira vez, o presidente foi eleito “Homem do ano” no prêmio Príncipe de Astúrias, o mais importante de toda a Espanha. A homenagem completa quinze anos nesta terça-feira (19).

Lula venceu outros doze candidatos na categoria Cooperação Internacional, entregue a pessoas que tenham se destacado por ações em prol do desenvolvimento humanitário. Juntando-se a líderes como Nelson Mandela, Helmut Kohl e Mikhail Gorbachev.

Os meses iniciais do governo já antecipavam as prioridades do PT: atenção ao mais pobres e ao crescimento econômico. O resultado? Baixa inflação, pleno emprego, e o maior crescimento do salário mínimo da história.

As pesquisas do Datafolha apontavam recorde de aprovação já nos primeiros 100 dias de governo (43%). Já nessa época, até o FMI admitiu que o então presidente tinha “a credibilidade que falta em outros líderes”. Lula deixou encerrou seu segundo mandato em 2010 com um recorde ainda mais impressionante: 87% de aprovação.

O tempo passou e boa parte dessas conquistas são só lembranças. Desde o golpe que vem liquidando o patrimônio nacional e desmontando políticas públicas, o país se apequenou no cenário internacional. Virou piada no noticiário e pouco influencia a política externa. Até os jornalistas estrangeiros debandaram. E só há um homem capaz de fazer Brasil feliz de novo.

O presidente mais premiado do Brasil

Pleiteada pela Universidade de Oviedo, a candidatura ao prêmio teve o apoio de mais de trinta instituições do mundo todo. O rol de vencedores inclui o filósofo alemão Jürgen Habermas (um dos principais pensadores da atualidade), a escritora Susan Sontag e o teólogo Gustavo Gutiérrez Merino, criador da Teologia da Libertação.

Em seu discurso, Lula reforçou o compromisso em colaborar para uma ONU mais forte e atuante, especialmente no combate à fome. “Cooperação internacional significa, sobretudo, a promoção de eqüidade nas relações entre os Estados. Significa trabalhar por justiça no contexto internacional.”

De lá pra cá, seguiram outras nomeações importantes, como a Ordem Mexicana da Águia Asteca (2007) e o Prêmio pela paz Félix Houphouët-Boigny (2008), da Unesco. Desde que foi eleito presidente, Lula recebeu mais de 55 honrarias, número recorde em toda a história do cargo no Brasil segundo pesquisa do Estadão.

Por Thais Reis, da Redação da Agência PT de Notícias

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