“Eu só vejo solução se o Lula for presidente”, diz Mano Brown

Em entrevista, rapper afirmou que só a vitória dele pode barrar os avanços do golpe. “Se o Brasil não fizer justiça, isso aqui vai virar um Mad Max”

Ricardo Stuckert

Lula com Mano Brown e Chico Buarque na inauguração do campo Dr. Sócrates Brasileiro

Um dos maiores cronistas da vida nas periferias, Mano Brown manifestou abertamente seu apoio à vitória de Lula, pré-candidato à presidência deste ano. O líder dos Racionais MC’s também elogiou as transformações sociais trazidas pelos governos do ex-presidente.

Em entrevista ao Estadão publicada nesta quinta-feira (14), Brown se disse preocupado com a perda das conquistas que o país experimentou nos governos petistas e afirmou que, nos últimos anos, o país vive uma maré de baixa autoestima e falta de esperança. “Agora, mais do que nunca, as pessoas precisam recuperar a confiança.”

Para ele, só um terceiro mandato de Lula seria capaz de por um fim esses tempos tão sombrios. “Eu só vejo solução se o Lula for presidente. Assim os avanços na parte social vão poder continuar. Se o Brasil não fizer justiça, isso aqui vai virar um Mad Max. Eu vi a vida das pessoas se transformarem no Governo Lula.”

Testemunha ocular das mudanças, Brown também rebateu a visão bastante difundida por certos setores da imprensa e da política, que tentam apagar a enorme contribuição dos governos petistas para a luta contra o racismo e a desigualdade social, em especial nas grandes cidades. “As pessoas passaram a se enxergar diferente de como elas se enxergavam. Não só o negro, mas o branco.”

Não é a primeira vez que Mano Brown defende o legado petista na imprensa. Há dois anos, em conversa com a revista Trip, ele reafirmou que não se arrependeu do apoio a Dilma e alfinetou os que foram às ruas de verde e amarelo. A boa relação entre Lula e o rapper ultrapassa os limites da troca de elogios: no fim do ano passado, ele se uniu ao ex-presidente e a Chico Buarque na inauguração do campo de futebol Doutor Sócrates na Escola Nacional Florestan Fernandes.

“As pessoas passaram a se enxergar diferente de como elas se enxergavam. Não só o negro, mas o branco. Debaixo do meu bigode. Eu vi as mudanças acontecendo. Daí você vai me perguntar: o quê? E eu vou responder: tudo. Principalmente a visão que o negro tinha dele mesmo. A periferia era conservadora e preconceituosa. Falar que o governo Lula não mudou a vida dessas pessoas é mentira.”

Da Redação da Agência PT de Notícias com Estadão

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