Haddad: “MP tem que investigar violência desmedida da PM”
Prefeito criticou a atuação da polícia do governador Geraldo Alckmin, que no domingo em SP reprimiu o ato contra Temer sem motivo e de forma violenta
Publicado em
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que cabe ao Ministério Público estadual apurar a atuação da Polícia Militar (PM) de Geraldo Alckmin (PSDB) ao final dos protestos de domingo (4), quando bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas sobre os manifestantes em dispersão, sem justificativa.
“Quem participou até o final reportou à secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura que não houve nenhum gesto, por parte dos manifestantes, que pudesse justificar uma ação repressiva. Tudo o que foi combinado com os manifestantes foi rigorosamente cumprido”, afirmou o prefeito.
NÃO À VIOLÊNCIA, POR UMA CIDADE DEMOCRÁTICA (PARTE 2)
NÃO À VIOLÊNCIA, POR UMA CIDADE DEMOCRÁTICA (PARTE 2) Quem participou do ato de ontem reportou que não houve nenhum gesto por parte dos manifestantes que justificasse uma ação violenta da Polícia Militar. No momento, todos os registros, inclusive de jornalistas, vão na mesma direção: o ato terminou pacífico e já estava no seu momento de dispersão. Os manifestantes observaram todos os pedidos da Secretaria de Segurança Pública, como a mudança de horário e de trajeto.
Publicado por Fernando Haddad em Segunda, 5 de setembro de 2016
No domingo, mais de 100 mil pessoas marcharam desde a Avenida Paulista até o Largo da Batata, em uma manifestação pacífica e sem registro de incidentes.
Apenas no final da marcha, quando os manifestantes já estavam em dispersão, houve ação repressiva da PM, que atirou bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, utilizou um canhão de água e agrediu jornalistas.
Antes da manifestação, 26 jovens foram presos nas imediações do Centro Cultural São Paulo, sob justificativa de que “iriam praticar atos de violência” e foram soltos no dia seguinte.
O juiz Rodrigo Tellini, do Foro Central Criminal da Barra Funda, considerou as prisões ilegais e lamentou o atual momento político do Brasil: “Vivemos dias tristes para nossa democracia. Triste do país que seus cidadãos precisam aguentar tudo de boca fechada. Triste é viver em um país que a gente não pode se manifestar”
*Com informações do Brasil 247