Pauta do povo em jogo: Haddad articula avanço de PL para zerar IR a quem ganha até R$ 5 mil

Em evento do BTG Pactual, ministro da Fazenda dobra a aposta na justiça tributária: “Tem muito projeto bom para votar no Congresso”

Antônio Cruz/ Agência Brasil

Haddad, sobre agenda no Congresso: "Eu gostaria que houvesse mais luz sobre a economia real"

O ministro da Fazenda Fernando Haddad defendeu, nesta segunda-feira (22), a sustentabilidade do arcabouço fiscal como eixo de sustentação do crescimento inclusivo promovido pelo presidente Lula. Em evento do BTG Pactual, Haddad destacou que é preciso ampliar o diálogo com o Congresso para ajustar a política fiscal e avançar em pautas da agenda do povo, a exemplo da proposta que zera o pagamento do Imposto de Renda a quem ganha até R$ 5 mil.

“Tem muito projeto bom para votar no Congresso”, observou o ministro. “Eu gostaria que houvesse mais luz sobre a economia real, porque tem muita coisa acontecendo que vai dar sustentabilidade ao que estamos construindo”, ponderou Haddad. Na semana passada, o titular da Fazenda anunciou que não iria participar da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (23), para acompanhar o andamento do projeto na Câmara dos Deputados, entre outros itens da pauta do governo.

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“Para ele [arcabouço] ser fortalecido, você precisa criar as condições políticas de sentar com os parlamentares e falar ‘nós vamos precisar ajustar algumas regras, senão o arcabouço não vai ser sustentável no longo prazo’”, defendeu Haddad.

Fúria arrecadatória”

O ministro explicou ainda que a prioridade do governo não é simplesmente aumentar a arrecadação federal, mas promover justiça tributária no país.  Segundo Haddad, não existe o que parte da mídia corporativa e do mercado classificam como “fúria arrecadatória” por parte do ministério da Fazenda.

“O que você vê estampado nos jornais? Que o governo só pensa em arrecadar. […] Não é verdade, nem que houve gastança, como querem alguns, nem que tem uma fúria arrecadatória”, apontou. “A sociedade não está pagando R$ 0,01 a mais de imposto. Quem está pagando é quem não pagava”, lembrou o ministro, reforçando que a meta do governo não é aumentar imposto, e sim promover cortes de gastos tributários desnecessários.

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Maior reforma tributária da história

O ministro também advogou em nome da política econômica do governo Lula, que prioriza o avanço de pautas de interesse nacional no Congresso, como a reforma da renda e programas como o Luz do Povo. Haddad destacou que sua pasta deixará um legado de crescimento econômico inclusivo contínuo, índices recordes de empregabilidade e a maior reforma tributária da história.

“Nós vamos ter o melhor crescimento médio dos últimos 12 anos ou mais; a menor inflação de um mandato desde o Plano Real; a menor taxa de desemprego da série histórica; o melhor desempenho fiscal dos últimos três mandatos e a maior reforma tributária já feita sob qualquer regime”, elencou.

“Quero sair [do ministério] podendo encontrar vocês em qualquer circunstância e podendo conversar sobre o Brasil, sobre o melhor caminho para o nosso país, sobre como melhorar o grau de investimento, sobre como melhorar o volume de investimento, sobre como melhorar as contas públicas, sobre como fazer o dinheiro chegar em quem precisa e sobre como ter um pouco mais de justiça tributária num país tão desigual como o nosso”, assegurou Haddad. 

Da Redação, com Agência Brasil e G1

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