Imprensa não diz, mas foi FHC que quase destruiu Petrobras

Na Era Tucana, desmonte da Petrobras quase faliu a empresa, que seria privatizada e chamada de “Petrobrax”

PNM - Petro FHCAlimentada pela estratégia eleitoreira da oposição sem rumo, a imprensa conservadora move há semanas um tsunami de ataques especulativos para desestabilizar a Petrobras e entrega-la de bandeja a serviço de interesses espúrios.

O único problema é que, como diz a velha máxima, contra fatos não há argumento que resista.

A Petrobrás, orgulho dos brasileiros, está a cada ano mais robusta, graças à gestão profissionalizada adotada pelos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Em 2013, a empresa experimentou crescimento de 6% em relação ao ano anterior, índice acima da inflação e da variação do PIB.

Esta semana a Petrobrás anunciou que superou todos os seus recordes. O refino atingiu em março a marca de 2.151 mil barris/dia, a maior da história.

Na exploração da camada do pré-sal, que levará o País em breve à autosuficiência plena, a exploração alcançou os 387 mil barris/dia. Essa marca será rapidamente superada em abril com novos poços que entraram em operação.

A produção de diesel não ficou atrás, com 4 milhões de barris do tipo S-10 (baixo teor de enxofre) produzidos. No caso do gás natural, foi ultrapassada pela primeira vez a barreira dos 100 milhões de metros cúbicos ao dia.

Mas nem sempre foi assim.

Os detratores da Petrobrás – capitaneados pelo PSDB e DEM – vão se deparar com dados desconcertantes, caso a CPI proposta no Congresso tenha o perfil amplo que se espera.

E tenha também propósitos verdadeiros – não eleitoreiros – voltados ao fortalecimento da empresa, em vez de apenas desmoralizá-la para entregar a empresa aos tubarões do mercado.

A primeira constatação óbvia é que foi na gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) que a Petrobrás sofreu um tsunami de ataques especulativos.

Detalhe: os movimentos da era FHC foram milimetricamente voltados para a transferência maciça de ações da empresa a preço de banana para a iniciativa privada.

A política entreguista causou um prejuízo estimado em US$ 50 bilhões na era FHC, que esta semana voltou a defender a privatização da Petrobrás sem a menor cerimônia.

Os ataques do tucanato à Petrobras começaram, na verdade, quando FHC ainda era ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, em 1994.

A prática perniciosa contra o patrimônio nacional continuou durante os oito anos em que ele ficou na Presidência.

Junto a setores técnicos da Petrobrás, levantamos um breve inventário da terrível herança deixada por FHC.

“Na comparação, a Petrobras ganhou força com o PT”

CRONOLOGIA DO ROMBO

*** Em 1994 – Ainda ministro da Fazenda, FHC manipulou a estrutura de preços dos derivados do petróleo. Nos seis últimos meses que antecederam o Plano Real, a Petrobras teve aumentos mensais de 8% abaixo da inflação. Por outro lado, as distribuidoras tiveram, nas suas parcelas, aumentos de 32% acima da inflação. Isto significou transferência permanente do faturamento da Petrobras para o cartel das distribuidoras, de cerca de US$ 3 bilhões anuais.

*** Em 1995 – FHC deflagrou o contrato e construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, o pior negócio da história da Petrobras. Como ministro da Fazenda do governo Itamar, ele fez lobby em favor do gasoduto. Como presidente, suspendeu 15 projetos de hidrelétricas em diversas fases, para tornar o gasoduto irreversível. Esse fato, mais tarde, acarretaria o “apagão” no setor elétrico brasileiro.

*** Em 1998 – A Petrobras foi impedida de obter empréstimos no exterior para tocar seus projetos e de emitir debêntures para viabilizar seus investimentos. FHC cria o Repetro, que libera empresas estrangeiras do pagamento de impostos por seus produtos, mas sem, contudo, dar a contrapartida às empresas nacionais. Isto liquidou 5 mil empresas fornecedoras de equipamentos, gerando brutal desemprego e perda de tecnologia.

*** Em 1999 – Muda-se o estatuto da Petrobras com finalidades oscuras. Henri Philippe Reichstul inicia o mandato cancelando atabalhoadamente o contrato da empresa Marítima – fornecimento de seis plataformas – um mês antes de ela entrar em grave inadimplência. O cancelamento salvou a Marítima de pesadas multas e ainda deu a ela argumentos para processar a Petrobras, pedindo R$2 bilhões de indenização pelo incrível cancelamento.

*** Nesse mesmo ano, Reichstul viaja aos EUA com o ex-jogador Pelé e, juntos, fazem propaganda do lançamento e venda de ações da Petrobras em Wall Street. O governo vende, então, 20% do capital total da Petrobras, que estavam em seu poder. Posteriormente, mais 16% foram vendidos pelo irrisório valor total de US$5 bilhões.

*** Ainda em 1999, houve a privatização da Refap, feita mediante a troca de ativos com a Repsol Argentina (pertencente ao Banco Santander). A Petrobras deu ativos no valor de US$500 milhões – que se avalia em US$2 bilhões – e recebeu ativos no valor de US$500 milhões, os quais, dois dias depois, com a crise da Argentina, passaram a valer US$170 milhões.

*** Para fechar o trágico ano de 1999, houve ainda o naufrágio da P-36, com 11 mortes e prejuízos que podem ser calculados em mais de US$ 2 bilhões, por lucro cessante, como resultado da paralisação da produção, até que nova plataforma fosse posicionada e a produção dos poços retomada.

*** Em 2000 – Na Bahia, foi assinado um estranho contrato com a PetroRecôncavo, sem licitação, que transferiu a operação de 12 campos de petróleo para esta empresa (50% Opportunity), sem prazo para terminar e sem cláusulas de multas, em caso de descumprimento do contrato. Foi estimado prejuízo de mais de US$ 200 milhões.

*** Em 2001 – A Petrobrás compra 51% da Pecom Argentina, por US$1,1 bilhão, embora a empresa tenha declarado, publicamente, déficit de US$1,5 bilhão. Faz, ainda, um contrato de construção de duas plataformas com a Halliburton (EUA), com uma negociação obscura, sem concorrentes. Apesar desses atrasos, a Halliburton não pagou multa e ainda ganhou cerca de US$500 milhões adicionais da Petrobras, em tribunal americano.

 

 

 

 

 

 

 

 

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