Instituto Lula acusa ‘Época’ de má-fé e ignorância por vazamento de documentos

Telegramas diplomáticos foram usados para tentar incriminar mais uma vez o ex-presidente Lula

Na edição desta semana, a revista “Época” usou, novamente, afirmações “falsas” e “manipulação criminosa” de documentos oficiais para tentar atingir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o Instituto Lula, de forma “irresponsável e maliciosas”, a publicação agiu insiste em atribuir ao petista condutas “supostamente ilícitas” que ele jamais adotou ou adotaria.

“Esta matéria é uma combinação de má-fé jornalística com ignorância técnica”, disse o Instituto Lula. Para eles, o único crime que fica patente, após a leitura do texto, é o vazamento ilegal de documentos do Ministério das Relações Exteriores.

“Ao contrário do que sustenta a matéria, a leitura isenta e correta dos telegramas diplomáticos, “reproduzidos apenas parcialmente”, atesta a conduta rigorosamente correta do ex-presidente Lula em seus contatos com as autoridades cubanas e com dirigentes empresariais brasileiros”, afirmou.

A matéria acusa o ex-presidente Lula de ter tratado de assuntos ilícitos em uma reunião, em Cuba, com dirigentes de empresa brasileira, porém a presença de um representante diplomático do Brasil na reunião demonstra que nada desse tipo poderia ter sido tratado no encontro.

O mesmo se aplica ao relato, para o citado diplomata, da conversa de Lula com Raul Castro sobre o financiamento de exportações brasileiras para Cuba. A revista afirma que houve um exercício de lobby clandestino com registro em telegramas do Itamaraty.

De acordo com o instituto, os procedimentos comerciais e financeiros citados nos telegramas diplomáticos são corriqueiros na exportação de serviços. Ainda segundo a assessoria do ex-presidente, a “TV Globo” exporta novelas para Cuba desde 1982, exporta para a China e exportou para os países de economia fechada do antigo bloco soviético.

O Instituto Lula afirma também que, em consequência do bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos, empresas que fazem transações com Cuba estão sujeitas a penalidades e restrições pela legislação dos EUA.

“Por isso, evitam instituições financeiras sujeitas ao Office of Foreign Assets Control, que é uma agência do governo dos EUA e não um “organismo internacional de fiscalização”, como erra a revista”.

BNDES – O texto da revista insinua que o ex-presidente tenha interferido em decisões do BNDES, fato impossível de acontecer devido aos procedimentos internos de decisão e aos mecanismos prudenciais adotados pela instituição.

As Organizações Globo tiveram um relacionamento societário com o BNDESPar, subsidiária do BNDES. Em 2002, no governo anterior ao do ex-presidente Lula, ou seja, no governo do PSDB, este relacionamento se estreitou por meio de um aporte de capital e outras operações do BNDESPar na empresa Net Serviços, totalizando R$ 361 milhões.

Em nota emitida neste sábado (29), para desmentir a revista, o BNDES esclarece que “os financiamentos a exportações de bens e serviços brasileiros para as obras do Porto de Mariel foram feitos com taxas de juros e garantias adequadas”, e que os demais contratos mencionados não se realizaram.

Acrescenta que “o relacionamento do BNDES com Cuba foi iniciado ainda no final da década de 1990, sem qualquer episódio de inadimplemento ou atraso nos pagamentos”.

“Ao falsear a verdade sobre a atuação do ex-presidente Lula no exterior, os jornalistas da revista Época tentam criminalizar um serviço prestado por ele ao Brasil. O facciosismo desse tipo noticiário é patente e desmerece o jornalismo e a inteligência dos brasileiros”, finalizou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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