Janot: apurações do Swissleaks focarão em empresas

Relação das contas suspeitas apontou nomes de representantes de grandes grupos de comunicação do País

Foto: Elza Fiuza/ Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, revelou que o foco nas investigações no escândalo do HSBC, também conhecido como Swissleaks, será nas contas de pessoas jurídicas.

Janot está em Paris, na França, para obter informações sobre as contas de brasileiros no caso Swissleaks. O país europeu detém a lista completa de correntistas no banco HSBC de Genebra.

“O que me parece merecer um pouco mais de atenção são as contas de pessoas jurídicas, de offshores, que possam em tese significar alguma circulação ilícita de capital”, afirmou o procurador, segundo reportagem publicada pelo jornal “Estado de S. Paulo“, nesta terça-feira (28).

O procurador se reunirá, nesta terça, com representantes da Corte de Cassações, do Ministério Público Financeiro e do Ministério da Justiça da França. O pedido de colaboração do Brasil ao governo francês foi feito em março e, segundo o procurador, “a sinalização é positiva”.

“Não é que o brasileiro não possa ter contas no exterior. O que queremos é separar o joio do trigo e ver eventualmente aquelas contas que sejam produto de ilícito”, declarou o procurador.

Donos da mídia – Na relação das contas suspeitas foram encontrados nomes de representantes de grandes grupos de comunicação do País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica, entre outros.

Também constam os nomes do já falecido empresário Otávio Frias, fundador do Grupo Folha, e de seu filho, Luís Frias, um dos donos do Uol.

O material também revela o nome de Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da Globo, morta em 2011.

Quatro integrantes da família Saad, da Rede Bandeirantes, também mantinham contas no HSBC, em Genebra. São eles, João Jorge Saad, a empresária Maria Helena Saad Barros, Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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