Jornal ‘The Guardian’ defende eleição de Lula e derrota de Bolsonaro

Em editorial, renomado diário britânico descreve extremista de direita como “irresponsável e incompetente” e alerta: “Uma derrota de Lula seria desastrosa para a democracia e o planeta”

O britânico Guardian também conclama outros países a exigirem respeito ao processo eleitoral, diante do golpismo de Bolsonaro (Imagem: reprodução)

Quanto mais próximo o Brasil chega das eleições de outubro, o golpismo e a desumanidade de Jair Bolsonaro vão encontrando cada vez mais resistência, no país e na comunidade internacional. Desta vez foi a vez do prestigiado diário britânico The Guardian se posicionar. Em editorial publicado nesta terça-feira (13), o jornal defendeu abertamente a eleição de Lula para a Presidência e fez um alerta sobre o risco institucional representado pela candidatura de Bolsonaro à reeleição.

“As apostas dificilmente poderiam ser maiores à medida que o dia das eleições se aproxima. A derrota de Lula seria desastrosa para a democracia e o planeta”, opinou o veículo. O diário ainda descreve Bolsonaro como “irresponsável” e “incompetente”, denunciando que a destruição da floresta amazônica é incentivada pelo ocupante do Planalto.

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“Há quatro anos, muitos brasileiros encaravam a perspectiva de uma vitória do candidato presidencial de extrema-direita Jair Bolsonaro primeiro com incredulidade e depois – com razão – com horror”, relatou o Guardian. “À medida que as eleições de 2 de outubro se aproximam, o medo de que ele permaneça no poder é ainda maior”, observa o jornal.

O Guardian lembrou do manifesto assinado por mais de um milhão de brasileiros, incluindo empresários, políticos, artistas e cientistas, alertando para um grande perigo que paira sobre a democracia na figura de Bolsonaro.

Jornal aponta provável derrota de Bolsonaro

“Enquanto a inflação de dois dígitos e o alto desemprego podem ter atingido o pico, uma vitória nas urnas para Bolsonaro parece improvável”, arrisca o veículo britânico, lembrando que as medidas eleitoreiras de ocupante do Planalto, como o Auxílio Brasil e a redução da gasolina, “são vistas com cinismo”. Além disso, pontua o Guardian, o Brasil perdeu 684 mil vidas para a Covid-19 após Bolsonaro zombar do uso de máscaras e das vacinas, demonstrando desprezo pelo perigo da doença.

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“As finanças de sua família estão sob escrutínio renovado depois que um site de notícias brasileiro afirmou que ele e parentes próximos compraram 107 propriedades ao longo de três décadas – pagando pelo menos 51 delas em dinheiro vivo”, prossegue o Guardian. Como se não bastasse, o jornal destaca a união da oposição em torno da candidatura de Lula, com o recente apoio anunciado por Marina Silva.

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Violência política de Bolsonaro

“Bolsonaro, esfaqueado um mês antes da eleição de 2018, deveria saber o custo da violência política melhor do que ninguém, mas continua usando uma retórica agressiva e espalhando ódio: “Compre suas armas! Está na Bíblia!” ele disse aos apoiadores no mês passado”, criticou o diário britânico.

O Guardian informa que o decreto de armas de Bolsonaro provocou uma corrida armamentista no país, apontando como resultado as mortes do tesoureiro Marcelo Arruda e de um apoiador de Lula por bolsonaristas.

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“Os opositores temem não apenas a violência pré-eleitoral, mas também uma tentativa ao estilo Trump de [Bolsonaro] se manter no poder, desafiando a vontade do eleitor”, ressalta. “Diante da perspectiva não apenas de perder, mas potencialmente de prisão, o presidente já afirmou que o sistema de votação não é confiável”, lembra o jornal, no editorial.

Vitória de Lula, o melhor para a democracia

Diante de um potencial e perigoso golpismo de Bolsonaro, o jornal atesta que uma vitória de Lula é o melhor para a democracia e para a saúde do meio ambiente mundial. “Uma vitória clara e definitiva de Lula, idealmente no primeiro turno, mas mais provável no segundo turno, é o melhor resultado para a democracia brasileira e para o planeta”, aconselha o jornal.

E termina conclamando a comunidade internacional a reagir a possíveis ataques às instituições brasileiras. “Outros países devem deixar claro que não tolerarão qualquer tentativa de Bolsonaro de trapacear, intimidar ou ameaçar o caminho para um segundo mandato”.

Da Redação

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