Jovens do Rio dão “aula de realidade” a bolsonaristas no 7 de Setembro

Grupo de rapazes que estavam em ônibus que vinha da Zona Norte vaiam motociclistas apoiadores do ex-capitão em Copacabana e produzem uma das imagens mais simbólicas do Dia da Independência

Reprodução

Um retrato do Brasil no 7 de Setembro

Um grupo de jovens do Rio de Janeiro deu uma lição de realidade a apoiadores de Jair Bolsonaro que participaram da patética e ilegal motociata organizada pelo ex-capitão no 7 de Setembro.

Os oito rapazes estavam em um ônibus que faz a linha 474, que une o bairro de Jacaré, na Zona Norte da cidade, a Copacabana. O coletivo chegou ao bairro da Zona Sul junto com alguns motociclistas, que acabaram vaiados pelos jovens, conforme mostrado por uma repórter do UOL. As vaias, aliás, vinham também das janelas dos apartamentos.

Os meninos também gritaram palavras de apoio a Lula e pediram “fora, Bolsonaro”, o que certamente serviu para dar uma aula de realidade aos bolsonaristas em suas caras motocicletas: a de que o povo, a classe trabalhadora e a juventude dos bairros de periferia estão com Lula porque sabem quem governa sem excluí-los.

Repressão policial

Minutos depois do acontecimento, foi a vez de os brasileiros mais privilegiados terem uma lição da injustiça social que ainda assola o Brasil: a Polícia Militar do Rio de Janeiro parou o ônibus, mandou os oito rapazes, todos eles negros, descerem e os revistou.

De maneira vergonhosa, mais uma vez o Estado foi usado para reprimir a população pobre e negra do país. É de se perguntar como seria o Brasil se o mesmo tratamento fosse dado a brancos de classe média que, no mesmo bairro de Copacabana, atacavam quem protestava contra a morte de dezenas de milhares na pandemia.

É também para combater injustiças desse tipo que Lula e o PT governam. Como disse Lula, em um de seus discursos, em maio passado: “Vamos fazer das tripas coração para garantir a essa juventude, primeiro, a oportunidade de estudar, segundo, a oportunidade de trabalhar e, terceiro, a oportunidade e a certeza de que não serão violentados pela agressividade nas periferias deste país”.

Da Redação

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