Juventude define calendário de lutas para abril e maio
Na pauta, a democratização da mídia, melhorias no ensino, reforma política e democracia
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A defesa por uma educação democrática de qualidade foi cobrada também pela presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Vic Barros. Para ela, esta deverá ser uma das principais lutas da jornada. “Nossa luta é continuar assegurando cada vez mais conquistas para os estudantes e jovens brasileiros”, defendeu.
Barros chamou a atenção também para o fim do financiamento empresarial de campanha. “A nossa luta é ao mesmo tempo contra a Proposta de Emenda à Constituição 352, a PEC dos corruptores, que pretende institucionalizar o investimento empresarial de campanha, e pela aprovação da reforma política com o fim do financiamento empresarial de campanha”, ressaltou.
Força da juventude – O diretor da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), Marcelo Arias, ressaltou a importância do protagonismo da juventude para o que considera um “momento politico desafiador”. “Nossas energias precisam se concentrar em defender os direitos conquistados e lutar por novos. E o governo Dilma precisa governar segundo a plataforma que o elegeu”, pontuou.
“Nós vivemos um momento em que se tenta atacar não apenas as conquistas sociais que tivemos, mas também a democracia”, alertou o presidente da União da Juventude Socialista (UJS), Renan Alencar. “Não podemos deixar que voltemos a uma situação em que encontros como este da Jornada eram proibidos de acontecerem, quando a UNE teve um presidente, Honestino Guimarães, assassinado”, lembrou.
Para Jefferson Lima, da Juventude do PT, é preciso ampliar o diálogo com a sociedade. “A juventude tem que estar em todos os espaços da sociedade brasileira, nas cidades e nos campos, onde estiver a democracia”, afirmou.
Comunicação – A luta da juventude brasileira passa ainda pela democratização dos meios de comunicação de massa, “pauta capaz de unir toda a juventude nas ruas e nos campos”, afirmou Giroto, da coordenação estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Rio Grande do Sul. Para ele, a grande mídia da televisão brasileira é quem está dirigindo o movimento conservador da direita brasileira na atual luta de classes.
Altamiro Borges, do Centro de Estudos Barão de Itararé, também chamou a juventude de todo o Brasil a protestar contra manipulação a mídia. “O momento exige unidade e luta. A bandeira que pode nos unir é a democratização da comunicação e o enfrentamento à Rede Globo. Vamos juntos ‘comemorar’ os seus 50 anos com protestos ousados e criativos”, afirmou o jornalista.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do portal da UNE