Lopes: “Dolarização dos combustíveis é um roubo contra o povo brasileiro”

Ao Jornal PT Brasil, líder na Câmara detalha projeto que confere transparência à política de preços no país: “Quebraram o Brasil com essa política de paridade de importação”, denuncia Reginaldo Lopes

Foto: Gabriel Paiva

Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG)

Para demonstrar à população que a política de Paridade de Preço de Importação – o infame PPI mantido por Jair Bolsonaro -representa um assalto à soberania do povo brasileiro, o líder da bancada do PT na Câmara Reginaldo Lopes apresentou o Projeto de Lei 3.677/2021, que confere transparência às regras que definem os preços dos combustíveis no país. Ao Jornal PT Brasil, Lopes explicou, nesta terça-feira (7), os motivos pelos quais o instrumento implementado no governo Temer é nocivo aos interesses do país.

“A PPI é um roubo contra o povo, os mais pobres, as pessoas de menor poder econômico e contra a economia brasileira”, advertiu Lopes. “A cadeia dos derivados de petróleo é longa, envolve todos os setores da economia e, essa opção [a política do PPI], iniciada pelo golpe na presidenta Dilma, com Pedro Parente na Petrobras, e depois com Paulo Guedes, está levando o Brasil a um aumento da taxa de inflação “, explicou o deputado, ao detalhar como a pressão inflacionária gerada por decisão do governo prejudica a economia das famílias.

“Vamos provar que a política derivada de petróleo está calculando, em dólar, custos inexistentes. 85% [dos derivados] são produzidos no Brasil mas são calculados como se estivessem em Houston (Texas), nos EUA, e não no Brasil”, apontou Lopes. “Custo de transporte que não existe, taxa portuária que não existe, seguro na operação, o refino, a extração que não existe”, esclareceu.

Lopes explicou que o custo dessa produção é em real, mas calculado em dólar, como gosta de denunciar sempre o ex-presidente Lula. “Isso é um crime contra o país”, exclamou o deputado, para quem o projeto poderá permitir preços de combustíveis mais acessíveis no país. O deputado acusou ainda Guedes e Bolsonaro de terceirizarem as próprias responsabilidades na atual crise. “Quebraram o Brasil com essa política de paridade de importação”, alertou.

Transferem para os impostos estaduais, federais, mas não enfrentam os super ricos, acionistas minoritários, a ampla maioria mora em Nova York”, advertiu, lembrando que os acionistas majoritários são o povo brasileiro. “A responsabilidade, o crime que está acontecendo no país, a volta da inflação, da miséria, da fome e da desigualdade, tem um único responsável: Jair Messias Bolsonaro”.

Juntos pelo Brasil em Minas

Lopes também falou sobre o movimento Juntos Pelo Brasil, que recentemente movimentou Minas Gerais com a visita do ex-presidente Lula ao Estado. “Vivemos tempos sombrios, de obscurantismo, onde a vida do povo piorou muito”, disse Lopes, ao comentar as movimentações estaduais em torno do projeto de reconstrução nacional defendido pelo PT

“A geladeira do povo está vazia, estão passando fome, metade da população só tem dinheiro para uma refeição, seis milhões de crianças voltaram para o Mapa da Fome, 20 milhões de brasileiros passam fome”, enumerou. “As pessoas estão desempregadas, os trabalhadores têm o menor poder de compra da história”.

Por tudo isso, Lopes afirmou que houve uma aliança com Alexandre Kalil (PSD) em Minas para garantir a vitória de um projeto democrático e popular. Ele anunciou um ato para o dia 15 de junho para debater o desenvolvimento da região do Triângulo Mineiro, evento que contará com Lula e o próprio Kalil.

Minas quer Lula

Lopes reiterou que Lula lidera no Estado porque o povo mineiro, assim como o brasileiro, tem memória e se lembra dos investimentos do ex-presidente na região e no país. “Foram milhões de alunos na universidade, via Prouni, Fies, a expansão universitária, foram milhões de casas populares. O povo brasileiro teve acesso a 22 milhões de novos empregos com direitos”, elencou.

“A vida era melhor, o povo tinha comida, podia planejar o futuro. É em nome dessa memória que o povo mineiro vai mostrar sua gratidão”, reafirmou o deputado.

Da Redação

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