Lula: Denúncia do MPF atropela instâncias e faz conclusões precipitadas

Instituto Lula explica novo episódio da perseguição judicial contra o ex-presidente: “Os procuradores tinham que inventar uma nova história”

Deltan Dallagnol, ao centro (foto: Pedro de Oliveira/ALEP)

O Instituto Lula rebateu, em nota divulgada nesta quinta-feira (15), as novas acusações infundadas dos procuradores do Ministério Público Federal do Paraná contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Os procuradores, chefiados por Deltan Dallagnol, tinham que inventar uma nova história na sua busca obsessiva de tentar retratar o ex-presidente como responsável pelos desvios na Petrobras”, afirma o texto.

Lula foi denunciado, também nesta quinta, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por contratos firmados entre a Petrobras e a construtora Odebrecht.

A história, porém, se soma a outros casos de acusação contra petista em que não há provas, apenas suposições. Em 20 depoimentos de testemunhas convocadas pelo próprio Ministério Público, todos negaram saber de qualquer prática criminosa praticada pelo ex-presidente.

De acordo com o IL, a denúncia seria uma espécie de vingança da Lava Jato contra a atuação dos advogados de Lula, que se insurgiram contra as arbitrariedades da operação paranaense.

“Mesmo com uma devassa completa na vida de Lula, não encontraram nenhum desvio de conduta do ex-presidente”, diz.

Leia a nota completa:

“O Power Point contra-ataca

Depois de mais de 20 depoimentos de testemunhas arroladas pelo próprio Ministério Público enterrarem a farsa de que Lula seria proprietário de um apartamento tríplex no Guarujá, com as testemunhas comprovando que a família do ex-presidente jamais teve as chaves ou usou o apartamento, sendo apenas “potenciais compradores” do imóvel, os procuradores do Ministério Público do Paraná, chefiados por Deltan Dallagnol, tinham que inventar uma nova história na sua busca obsessiva de tentar retratar o ex-presidente como responsável pelos desvios na Petrobras.

Após um apartamento que nunca foi de Lula no Guarujá, entra a acusação de um apartamento que também não é de Lula, pelo qual sua família paga aluguel pelo uso, e um terreno que não é, nem nunca foi, do Instituto Lula, onde aliás o atual proprietário hoje constrói uma revendedora de automóveis.

Em release, a Lava Jato admite que a denúncia seria uma “reafirmação” da Operação, uma vingança contra a atuação dos advogados de Lula, descrita como “abuso do direito de defesa” e iniciativas legislativas no Congresso com as quais o ex-presidente não tem qualquer relação, não sendo nem deputado, nem senador. Os procuradores da República revelam que são contra a punição do abuso de autoridade e até mesmo do exercício do direito de defesa. Usam de suas atribuições legais como forma de vingança contra aqueles que se insurgem contra ilegalidades praticadas na Operação Lava Jato.

A denúncia repete maluquices da coletiva do Power Point; atropela a competência do Supremo Tribunal Federal e da Procuradoria-Geral da República ao fazer conclusões precipitadas sobre inquérito inconcluso na PGR; quer reescrever a história do País para dizer que todos os males seriam culpa de Lula; tenta atribuir responsabilidade penal objetiva, coisa completamente fora do Código Penal Brasileiro; contradiz depoimento como testemunhas (com a obrigação de dizer a verdade) de delatores ouvidos pela própria Lava Jato como Paulo Roberto da Costa, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que disseram em depoimentos ao juiz Sérgio Moro jamais terem tratado ou tido conhecimento de qualquer irregularidade ou desvio envolvendo o ex-presidente Lula. Usam delações não homologadas e rejeitadas pelo Supremo Tribunal Federal, como a do deputado Pedro Paulo Corrêa, em um festival de ilegalidades, arbitrariedades e inconformismo diante da realidade: mesmo com uma devassa completa na vida de Lula, não encontraram nenhum desvio de conduta do ex-presidente.

Os procuradores da Lava Jato não se conformam com o fato de Lula ter sido presidente da República. Para a Lava Jato, esse é o crime de Lula: ter sido presidente duas vezes. Temem que em 2018 Lula reincida nessa ousadia.”

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Instituto Lula

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