Mais Médicos: 3 mil profissionais brasileiros não comparecem para trabalhar

Governo golpista havia anunciado preenchimento de todas as vagas após saída dos cubanos, fato que não se confirmou. Prazo para que se apresentem acaba hoje.

Reprodução

População já sente a falta de médicos

O apagão na Saúde causado pela saída dos profissionais cubanos do Mais Médicos está longe de acabar. Embora os golpistas Michel Temer e Bolsonaro tenham comemorado o suposto preenchimento de todas as vagas abertas após a saída da Ilha do acordo, cerca de 3 mil candidatos que se inscreveram no programa ainda não se apresentaram nos municípios para os quais seriam alocados. O prazo para que comecem a trabalhar termina nesta sexta (14).

A situação pode ficar ainda mais grave caso os outros 4 mil médicos brasileiros que já se apresentaram no trabalho deixem os cargos a partir de março do ano que vem, quando começam as residências médicas do país. Caso isso ocorra, o problema voltará praticamente à estaca zero já que a soma dos que desistiram com a dos que podem desistir  está bem próximo do total de 8.517 vagas oferecidas.

A desistência escancara a postura despreparada do presidente eleito, que já deixou claro em inúmeras ocasiões todo o seu preconceito contra os médicos caribenhos e grande responsável pela saída de Cuba do acordo após diversas ameaças parte do militar reformado.

Não custa lembrar que Bolsonaro, ainda como parlamentar, sempre se colocou contra o revolucionário programa, comparando os médicos cubanos a cobras e os chamando de mercenários. Também espalhou mentiras como um suposto despreparo dos profissionais (aprovados por nove em cada 10 brasileiros) e até que os estrangeiros eram escravos do governo da Ilha ou guerrilheiros infiltrados. Como se sabe, o radical nunca conseguiu provar nada do que disse.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações da Folha de S. Paulo

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast