Marcelo Arruda: Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil pede à PGR apuração rigorosa
Partidos de oposição se reúnem com a Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira, 12, e entregam Memorial da Violência Política contra a Oposição no Brasil ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quarta
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O Partido dos Trabalhadores (PT) e as siglas de oposição ao governo de Jair Bolsonaro se reuniram com a Procuradoria-Geral da República (PGR) na tarde desta terça-feira, 12, para discutir o brutal assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Aloizio Arruda, em Foz do Iguaçu (PR).
VEJA RELATÓRIO DAS MEDIDAS ENTREGUES À PGR
Para os partidos que integram o movimento Vamos Juntos pelo Brasil, a investigação dever ser federal por se tratar de um crime político. Um Memorial da Violência Política contra a Oposição no Brasil será entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Entendemos que cabe ao TSE, bem como ao Supremo Tribunal Federal e às autoridades responsáveis pela segurança pública tomar iniciativas que garantam eleições livres e pacíficas, coibindo agressões e violência, como as que o bolsonarismo vem praticando”, diz a manifestação, assinada por PT, PSB, Psol, PCdoB, PV, Rede e Solidariedade.
Acesse o Memorial da Violência Política contra a Oposição no Brasil abaixo:
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, também irá se reunir com a Corte do TSE nesta quarta-feira, 13, para cobrar ações que evitem a escalada da violência durante a campanha eleitoral. Gleisi responsabiliza Bolsonaro pela morte de Arruda e disse que não há possibilidade de diálogo com o chefe do Executivo.
“Um crime político não pode ser tratado como briga de vizinhos”, argumentou a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
Os partidos que compõem o movimento Vamos Juntos Pelo Brasil vão à PGR hoje e ao TSE amanhã pedir apuração rigorosa do crime de ódio contra Marcelo e ações pra coibir a violência política. A morte de Marcelo, assim como de outros que lutavam pela democracia, não pode ficar em vão
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 12, 2022
Brutal assassinato
Marcelo Aloizio Arruda foi morto a tiros no sábado, 9, pelo policial penal Jorge Guaranho enquanto comemorava o seu aniversário de 50 anos com uma festa temática do PT. O atirador invadiu a festa gritando “aqui é Bolsonaro” e “mito” e baleou o guarda municipal.
Apoiador de Bolsonaro, Guaranho publicava nas redes sociais diversas mensagens de apoio ao chefe do Planalto e seus aliados. Em uma das publicações, ele é visto ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente.
Lideranças do PT e parlamentares se manifestam nas redes sociais sobre a repercussão do homicídio e as tentativas de justificativas do assassinato:
ATENÇÃO! Começaram as tentativas de justificar a invasão do assassino Jorge Guaranho na festa de aniversário de Marcelo Arruda. Já circula a tese de que o matador era membro da associação onde a festa ocorria e tinha por obrigação "fazer rondas" no local. NÃO ACEITAREMOS!
— Bohn Gass (@BohnGass) July 12, 2022
Depois da morte de Marcelo, o bolsonarismo deu início a uma verdadeira onda de fake news e ataques de toda ordem nas redes sociais contra as forças democráticas. Um
movimento do ódio. Não vamos baixar a cabeça, seguimos na luta pela esperança, pelo povo, pela democracia.— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 12, 2022
Insuportável ver Mourão dizer "nós vamos fechar esse caixão" sobre o assassinato de Marcelo Arruda. Não, Mourão! Acabou o tempo em que se matava por ódio político e nada acontecia. Por Herzog, Rubens Paiva, Stuart Angel, Luiz Eurico e tantos +, exigimos #JusticaParaMarceloArruda
— Bohn Gass (@BohnGass) July 12, 2022
Os partidos que integram o movimento Vamos Juntos pelo Brasil decidiram entrar com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pedir a federalização da investigação sobre o bárbaro assassinato de Marcelo Arruda.
— Zeca Dirceu (@zeca_dirceu) July 11, 2022
Não vamos esquecer que o assassinato do companheiro Marcelo Arruda por um bolsonarista é um crime fascista. Basta de violência política estimulada por Bolsonaro.
Veja a repercussão: https://t.co/DQekIaw1CQ
— PT Brasil (@ptbrasil) July 11, 2022
Da Redação, com informações do Correio Braziliense