Mercadante: “Lula Livre é uma ideia que percorre todo país”

Ex-ministro participou nesta sexta-feira (20) de atividades no acampamento Lula Livre junto aos deputados Arlindo Chinaglia e Paulo Pimenta

foto: Ricardo Stuckert

Ex-ministro Aloízio Mercadante e Paulo Pimenta participam do "Bom dia" a Lula

No 13º dia da Vigília Lula Livre o acampamento junto à sede da Polícia Federal em Curitiba teve discurso de gala de Aloizio Mercadante, que estava acompanhado dos deputados federais Arlindo Chinaglia e Paulo Pimenta. Mercadante fez uma retrospectiva dos governos Lula e conclamou o povo a resistir para continuar mudando o Brasil.

“O Lula está no coração de cada um de nós, está na consciência de milhões de brasileiros. Ele, preso, é uma ideia que está percorrendo o semi-árido, a Amazônia, as periferias das grandes cidades, sonhando que a gente vai continuar lutando”, disse.

Mercadante recordou as lutas com Lula desde que se conheceram, em 1974. Recordou da passagem da caravana da campanha de 1989 por Curitiba, onde surgiu o sinal com o polegar e o indicador formando o L do sinal que até hoje marca o nome de Lula, sugerido pelo companheiro Mário Milani. Ele lembrou os bons tempos dos governos Lula, que o povo quer livre e candidato à Presidência da República.

“Lula está preso porque o governo dele mudou esse País. O governo dele combinou estabilidade, crescimento, distribuição de renda, soberania nacional, passamos da 13ª para sexta maior economia do mundo, nunca tivemos tanto prestígio internacional”, recordou.

A preocupação com o social foi o eixo de ações que levaram ao desenvolvimento econômico, observou Mercadante. “Distribuir a renda para crescer e crescer distribuindo renda. Com isso 23 milhões de pessoas passaram a ter carteira assinada, 43 milhões de pessoas ascenderam socialmente. Foi a maior distribuição de renda que o mundo ocidental viu em tão pouco tempo”, disse. Ele destacou o programa Bolsa Família, que deu a 17 milhões de famílias um pouco de dignidade.

Ex-ministro da Educação, Mercadante enumerou os avanços nessa área nos governos do PT. Os índices de acesso e permanência melhoraram. Na educação básica, 12 milhões de negros concluíram o ensino fundamental. “Nas universidades, onde os negros não pisavam, fizemos política de cotas, com metade das vagas para alunos da escola pública. O número de matrículas no ensino superior passou de 3,4 milhões para 8 milhões, o maior acesso e permanência da história do País”, afirmou.

Para confirmar a revolução na educação brasileira em tão pouco tempo, Mercadante citou pesquisa do Enad feita em 2015, que mostrou que 35% dos formandos naquele ano eram os primeiros da família a ter essa graduação. “Quando o filho da empregada doméstica chega e vira doutor, a elite fica nervosa, pois sabe que com Lula e depois de Lula não vai ter volta na relação de casa grande e senzala, na relação de exploração. Eles acham que vão conseguir, mas não vão”, disse.

Arlindo Chinaglia criticou a decisão judicial que impediu a visita de Adolfo Perez e Esquivel e Leonardo Boff ontem a Lula. “Aqui houve uma demonstração de autoritarismo, da força de quem acha que pode tudo, que foi o impedimento do abraço tanto do frei Boff como do prêmio Nobel Esquivel”, lamentou.

Ele considera que a decisão na realidade não é uma demonstração de força. “É de fraqueza. Eles temem o que esse símbolo Lula representa e a força que ele tem no exterior. Eles sabem que vai haver propagação. Estão tentando enxugar gelo, não vão conseguir”, avaliou.

Ex-ministro Aloízio Mercadante visita o acampamento

Chinaglia destacou que Lula permanece na frentes de todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições deste ano. “Ele tem a menor taxa de rejeição. Estamos obtendo vitórias importantes. Não nos iludamos que é fácil, mas não desistiremos. Nós já vencemos uma ditadura no Brasil. Agora estamos de novo lutando pela democracia, pelos direitos dos cidadãos brasileiros e essencialmente pelos direitos do presidente Lula”, disse.

O deputado federal Paulo Pimenta esteve mais uma vez no acampamento da Vigília Lula Livre nesta sexta-feira. Ele também criticou o fato de Esquivel e Boff terem sido barrados na porta da PF por decisão da Justiça que persegue Lula.

“A notícia de que um prêmio Nobel esteve aqui para visitar Lula e foi impedido corre o mundo inteiro nos envergonhando”, disse. Ele reafirmou que a hora é de resistência. “Acham que vão nos vencer pelo cansaço, mas não para de vir gente para cá e outros acampamentos surgem em outras cidades do País”, afirmou. “Só sairemos das ruas com Lula conosco”, avisou.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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