Mesmo com menor receita, Haddad cumprirá metas de governo

Rombo deixado pela gestão anterior foi renegociado por Haddad; reflexos da reorganização financeiras serão sentidos a longo prazo

Foto: Agência Brasil

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Haddad renegociou dívidas de gestões anteriores e manterá metas para beneficiar população

Mesmo enfrentando problemas financeiros, herança deixada por gestões anteriores, a Prefeitura de São Paulo, atualmente comandada por Fernando Haddad (PT), registra 98% das metas estipuladas do programa de gestão para a cidade concluídas ou em andamento.

Das 123 metas, 105 estão em andamento, ou seja, 85,37%. Contudo, 71 dessas já beneficiam a população, segundo dados da prefeitura de São Paulo. Na lista estão 16 escolas de educação infantil entregues, 10 pontos do Rede Hora Certa, 24,5 mil áreas fundiárias regularizadas e 141 quilômetros de ciclovias. Em obras, a prefeitura contabiliza 36 quilômetros de corredores de ônibus e 16,7 mil casas populares.

Desse total, 16 foram concluídas e seis, superadas. Entre elas destacam-se a implantação de redes de wi-fi aberto, 71 pontos instalados, ultrapassando a meta de 42 ponto. A implantação de faixas exclusivas para ônibus também ultrapassou a meta de 150 quilômetros, chegando a 360 quilômetros.

Na lista de metas alcançadas estão ainda o Bilhete Único Mensal, Semanal e Diário e a revisão do Plano Diretor.

Menos caixa – Segundo o prefeito, houve uma considerável redução de R$ 2,5 bilhões na arrecadação do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), causado pelo bloqueio do reajuste pela Justiça, um dos motivos do agravamento da dívida e contenção de gastos.

“Assumimos numa condição de aperto financeiro. Tivemos dois revezes: o congelamento pelo quarto ano da tarifa de ônibus, um aumento brutal do subsídio e a inédita liminar de suspensão da atualização da planta genérica (do IPTU), que levou um ano para ser suspensa”, explicou Haddad, em entrevista para o jornal “Folha de S.Paulo”, publicado nesta quinta-feira (25).

As dificuldades financeiras causadas pela redução de receitas refletem no andamento mais lento de algumas das obras municipais. “Tivemos que suspender obras do PAC [ação federal] porque não tínhamos contrapartida. As desapropriações de terrenos nós tivemos que segurar, porque não tinha recurso para pagar as desapropriações para vários equipamentos públicos”, justificou.

Entretanto, o prefeito tranquila e afirma que a metas serão alcançadas até, no máximo, o final de seu mandato em 2016. “O que posso assegurar é que vamos estar com 150 km de corredores em obras no ano que vem. Mas quantos quilômetros estarão 100% entregues? Essa é uma pergunta que o ritmo da obra vai ditar”, ponderou.

“Queremos até o meio do ano de 2015 estar com todas as obras em execução”, assegurou Haddad.

Governança – Na análise do prefeito Haddad, o maior legado que sua administração deixará para São Paulo vai além de algo palpável. Segundo ele, a renegociação da dívida da cidade com a União, estimada em R$ 26 bilhões, trará importante alívio financeiro à gestão. “Foi a coisa mais importante que eu fiz pela cidade”, afirma.

Entretanto, os reflexos só serão sentidos pela população a longo prazo, bem como a aprovação do Plano Diretor. “Qual outra coisa que posso fazer tão importante quanto essa? Se juntar Plano Diretor, Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e dívida, eu sempre falo: é o tripé que vai garantir São Paulo por 20 anos”, considerou.

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

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