Ministério das Mulheres lança painel para acompanhar condições de vida das brasileiras

Iniciativa permitirá sociedade ter acesso a informações para subsidiar elaboração de políticas públicas voltadas para as mulheres brasileiras

Filipe Alcântra/MM

Cerimônia de lançamento do Painel de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero

Com o objetivo de oferecer à sociedade um retrato da realidade das mulheres no País, o Ministério das Mulheres lançou no último dia 19, em Brasília, o Painel de Indicadores do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero  (OBIG).

Segundo o MMulheres, “por meio de indicadores de gênero apresentados na forma de gráficos e tabelas, a plataforma on-line tem como finalidade servir de fonte de consulta para sociedade civil, gestoras(es) das três esferas governamentais, além de pesquisadoras(es) e jornalistas, além de permitir a produção de dados segmentados para as políticas públicas a serem implantadas nos próximos anos.”

A secretária executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, explicou  a importância do lançamento da primeira etapa do projeto e que “o material disponibilizado é um instrumento necessário para auxiliar a criação das mais diversas políticas públicas no País voltadas para mulheres”.

A pasta explica ainda que, nesta primeira etapa de implantação, será possível consultar, no endereço bit.ly/paineldeindicadoresobig, informações que foram organizadas de acordo com os seguintes eixos temáticos: 

1 – Estrutura demográfica: É possível visualizar o perfil populacional do Brasil por sexo e por cor ou raça, com opção de filtro por Unidade da Federação e informações sobre domicílios que têm mulheres como responsáveis, com opção de filtro por ano.

2 – Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho:  Apresenta indicadores de ingresso e condições das mulheres no mundo do trabalho, e destaca a informação por cor ou raça. São considerados dados sobre taxa de desocupação, ocupação, rendimentos, trabalho doméstico e informalidade, jornada de trabalho e tempo dedicado aos afazeres domésticos, aos cuidados e acesso à creche. Há opção de filtrar a informação por ano e, em alguns casos, também por Grandes Regiões.

3 – Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres: Disponibiliza informações sobre violência letal e não letal contra mulheres. Os dados são originários de registros administrativos do Sistema Nacional de Estatísticas de Segurança Pública do Ministério da Justiça (homicídios e lesões corporais seguidas de morte) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificações – SINAN do Ministério da Saúde (notificações compulsórias de violência doméstica e outras violências, violência sexual e tentativa de suicídios).

4 – Educação para a igualdade e cidadania: Estão organizados os dados de matrículas nos diferentes níveis de ensino, de ingresso e permanência no ensino superior, e a segmentação sexual do conhecimento. Para consulta aos dados do ensino superior estão disponíveis filtros por Unidade da Federação e município.

5 – Mulheres em espaços de poder e decisão: O painel oferece informações sobre candidatas e candidatos a cargos eletivos e sobre eleitas e eleitos, por cor ou raça, nas eleições de 2018 e de 2022.

Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam)

Como parte das estratégias de retomar as pesquisas acerca dos dados referentes às brasileiras, o Ministério das Mulheres, por meio do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, ainda lançará neste ano o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam)

A iniciativa foi criada em 2010 por meio da  lei 12.227/2010 , de autoria da deputada Luiza Erundina, e sancionada em 2013 pela ex-presidenta Dilma Rousseff por meio do  decreto 8.131/2013. 

O Raseam possui como objetivo produzir regularmente análises da situação socioeconômica das mulheres no Brasil em todas as suas dimensões, e subsidiar a formulação de políticas públicas, de pesquisas acadêmicas e de demandas da sociedade civil e de movimentos sociais no que se refere à análise da realidade socioeconômica das mulheres. A última versão do relatório foi feita em 2020. 

Da Redação do Elas por Elas, com informações do Ministério das Mulheres 

 

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