Ministro da Justiça determina investigação imediata sobre aumento dos combustíveis

Conforme Flávio Dino, reajuste nos valores não tem justificativa já que o presidente Lula assinou uma MP prorrogando a isenção dos impostos PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol

Sérgio Lima

Ministro da Justiça, Flávio Dino. Foto: Sérgio Lima

O aumento injustificável no preço dos combustíveis neste domingo, 1º, será investigado pelo secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, a pedido do ministro da Justiça, Flávio Dino.

O ministro contesta o reajuste mesmo após Lula ter assinado a  Medida Provisória (MP) nº 1.157 para prorrogar por dois meses a isenção dos impostos PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol.

A desoneração dos tributos federais será válida até o fim de fevereiro para gasolina (que também terá isenção de Cide durante o período), etanol, querosene de aviação e gás natural veicular —além de nafta.

Para o diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha), a desoneração será até o fim de 2023.

Leia a íntegra da Medida Provisória.

 

Nova política de preços

A prorrogação da desoneração dos impostos estava sendo discutida há semanas entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Economia de Bolsonaro, Paulo Guedes.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), nomeado por Lula para comandar a Petrobras, ressalta que a medida permitirá ao governo estudar uma nova política de preços dos combustíveis da empresa que possa proteger a população das oscilações do mercado internacional.

“[A MP] vai dar uma tranquilidade muito grande para gente”, afirmou Prates, neste domingo (1º), durante a cerimônia de posse de Lula. “Com isso, ganhamos tempo para tomar posse na Petrobras, olhar o consenso do setor de petróleo, e o próprio preço do barril no mercado internacional, já que a tendência é ele distensionar em função do término do inverno no hemisfério norte”.

Da Redação, com informações da Folha de S. Paulo

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