Movimentos campesinos de 6 países se somam a atos por soberania na Vigília

A vinda do grupo para as mobilizações marca a unidade dos movimentos campesinos em apoio ao Brasil e contra a política entreguista de Bolsonaro

Valmir Fernandes

Roberto Baggio, do MST

A Vigília Lula Livre, em Curitiba, recebeu centenas de pessoas nesta quinta-feira (3), mobilizadas para o “Dia Nacional de Lutas em Defesa da Educação e do Petróleo”, duramente ameaçados pelo atual governo. A militância do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) esteve presente com camponeses e camponesas vindos principalmente da região Oeste e Sul do Paraná.

Também participam da ação cerca de 30 militantes de organizações camponesas integrantes do Curso de Formação de Base do Cone Sul da América Latina, que acontece na Escola Latino Americana de Agroecologia, no assentamento Contestado, na Lapa. A formação é organizada pela Via Campesina e pela Coordenadoria Latinoamericana de Organizações Camponesas (Cloc). Além de militantes de seis estados do Brasil, o curso reúne educandos do Paraguai, Colômbia, Argentina, Chile e Uruguai.

Fátima Pego, integrante da Brigada Internacionalista do MST no Paraguai e da coordenação do curso, fala sobre a defesa da soberania dos povo: “Estamos aqui nessa atividade de hoje, um dia histórico, importante, de articulação da classe trabalhadora, em defesa da soberania nacional, contra as privatizações, tanto da educação quanto das nossa empresas públicas”.

A vinda do grupo para as mobilizações marca a unidade dos movimentos campesinos em apoio ao Brasil: “Nossa participação é no sentido de fortalecer o princípio da integração, da solidariedade de classe e do internacionalismo como elemento fundamental para a formação da consciência e da unidade da classe trabalhadora a nível nacional e mundial”, explica Fátima Pego.

A militante explica também que o curso é itinerante, passando por todas as experiências construídas pelas organizações no campo da formação e educação, a nível continental, sendo marcado pela luta e pela experiência dos povos.

Terra, água, petróleo, trabalho e educação 

Ao longo da manhã, o grupo internacionalista participou de uma formação sobre a conjuntura internacional, com o dirigente nacional do MST Roberto Baggio. No período da tarde, se somaram ao “Boa tarde” ao presidente Lula, em que também participaram trabalhadores petroleiros e petroquímicos da Petrobrás, que completou 66 anos nesta quinta-feira, e integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) de diferentes municípios e estados.

“Essa é uma tarde especial em que estão reunidas aqui as energias da terra, da água, do petróleo e as energias humanas do trabalho e da sociedade brasileira […]. A Vigília se soma nessa luta histórica do povo brasileiro. De forma permanente, ela tem que ser essa denúncia ao golpe de estado que derrubou a presidente Dilma, do sequestro político do presidente Lula, e na denúncia da destruição da nosso Brasil”, disse Roberto Baggio.

A Vigília também recebeu o petroleiro José Maria Rangel, coordenador geral FUP, após a sua visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Superintendência da Polícia Federal.

No final do dia as centenas de militantes presentes na Vigília se somaram ao ato realizado no Centro de Curitiba. Milhares de pessoas marcharam da Praça Santos Andrade até a Boca Maldita.

Por MST

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