MP abre investigação contra secretário da Cultura de Bolsonaro

No cargo há menos de um mês, o polêmico Roberto Alvim, que atacou Fernanda Montenegro e defende uma cultura ‘conservadora’, já está sendo investigado

Reprodução Facebook

Nesta terça-feira (3), o Ministério Público Federal abriu investigação criminal contra Roberto Alvim, secretário da Cultura anunciado por Jair Bolsonaro (sem partido) no dia 7 de novembro. Em menos de um mês, Alvim já está sendo investigado e o desgoverno acumula mais uma figura polêmica em um cargo público.

Segundo reportagem do jornal O Globo, a apuração quer conferir se Roberto violou a lei ao convidar a própria esposa, Juliana Galdino, para assumir a direção artística do Teatro Plínio Marcos, em Brasília.

Na época, Alvim era diretor de Artes Cênicas da Funarte. O orçamento que sua cônjuge controlaria no cargo seria de R$ 3,5 milhões. Para a Procuradoria da República, a contratação viola a Lei de Licitações.

Outro ponto do processo diz que Alvim tentou transformar a Funarte em uma máquina de propaganda política do desgoverno. Em uma das passagens analisadas, o diretor afirmou que pretendia transformar o teatro em “ponta de lança da política cultural do governo Bolsonaro”. Para os procuradores, as menções diretas a Jair violam o princípio da impessoalidade na gestão pública.

Conservador e polêmico

 

Roberto Alvim chegou ao cargo de novo chefe da Secretaria Especial de Cultura após ganhar a simpatia de Bolsonaro ao ter ofendido a atriz Fernanda Montenegro. Em setembro, Alvim atacou a atriz ao dizer que sentia “desprezo” por Fernanda e que ela era “mentirosa”.

Em novembro, foi indicado ao cargo e, desde então, tem nomeado militantes da direita para órgãos como Funarte, Fundação Palmares e Biblioteca Nacional. As iniciativas reforçam a onda conservadora que rege a maioria dos Ministérios do desgoverno.

Investigados

 

Em quase um ano de mandato, Bolsonaro acumula corruptos e investigados em cargos públicos. Entre eles, estão três ministros denunciados, dois investigados e um condenado. Os casos envolvem caixa dois, improbidade administrativa e desvio de recurso público.

O mais recente é o caso do comandante da pasta do Turismo,  Marcelo Álvaro Antônio, responsável pelo esquema de candidaturas laranjas nas eleições. Mesmo com a repercussão dos casos, Bolsonaro escolheu protegê-los e não afastou nenhum dos investigados.

Da Redação da Agência PT de Notícias com informações do jornal O Globo

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