Na reta final, João Coser lidera a disputa em Vitória

Ex-prefeito do PT é o favorito na capital do Espírito Santo, que tem forte rejeição a Bolsonaro: 51% não toleram o presidente da República. Candidatos da extrema-direita patinam no município. Petista aposta na área social para chegar à Prefeitura

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João Coser, candidato do PT à prefeitura de Vitória

O ex-prefeito de Vitória João Coser (PT) é o favorito na disputa pelo comando da capital do Espírito Santo. Advogado, 64 anos, político experiente, Coser foi eleito prefeito em 2004 e reeleito em 2008 em primeiro turno, permanecendo no cargo até 2012, sempre filiado ao PT. Na reta final, Coser lidera com 26% nas pesquisas, de acordo com a última pesquisa divulgada semana passada pelo Ibope. Nesta terça-feira, 10, ele mantém agenda de visitas a bairros da cidade, tem reunião com artistas e uma caminhada pelo centro de Vitória.

Ele aposta em política social para a melhoria das condições de vida da sociedade capixaba. “Quero desenvolver um projeto voltado efetivamente para os bairros populares e mais vulneráveis de Vitória, com melhoria de sua infraestrutura urbana e mobilidade e, por conta da crise econômica e da pandemia, temos que implementar políticas públicas de proteção social para as famílias, políticas de acesso ao crédito e de geração de renda”, defendeu.

Coser tem como companheira de chapa a empresária e militante social Jackeline Rocha, ex-candidata do PT ao governo do Estado em 2018. Juntos, eles estão comprometidos em promover uma política de proteção às camadas mais vulneráveis de Vitória.

“Estamos assistindo ao aumento do empobrecimento das pessoas, a perda de renda com o fechamento de micro e pequenas empresas e a perda do emprego por muitos trabalhadores”, destaca o candidato. “Nossa primeira preocupação deve ser com o desenvolvimento de programas e ações nesta área, para enfrentar o grave problema social que é o aumento da pobreza”.

O candidato do PT vem subindo nas pesquisas desde o início da briga pelo comando da prefeitura de Vitória. Em outubro, ele estava com 22% e subiu agora para 26%. Em seguida vem o candidato Fabrício Gandini (Cidadania), com 24%, que tem o apoio do atual prefeito Luciano Rezende, também do Cidadania.

Bolsonaro é problema para a direita

A direita na capital se dividiu com dois nomes – Delegado Pazolini (Republicanos) e Capitão Assumção (Patriota). O primeiro tem 18% e o segundo, 5%. A alta rejeição de ambos têm a ver com a baixa aprovação do presidente Jair Bolsonaro, que tem sido apontado como um peso morto nas eleições de 2020. Os candidatos que receberam seu apoio, como Celso Russomano (Republicanos), em São Paulo, e Marcelo Crivela (Republicanos), no Rio, estão em queda nas pesquisas.

Em Vitória, não é diferente. Mais da metade dos eleitores da capital avaliam negativamente o mandato do presidente, de acordo com pesquisa Ibope divulgada na semana passada. Pelo levantamento, 51% rejeitam o presidente. Só 28% dos entrevistados afirmam que o líder da extrema-direita brasileira vem fazendo um bom governo. Na primeira pesquisa, em 11 de outubro, o índice de avaliação negativa do governo Bolsonaro era de 44%, enquanto os que avaliavam positivamente representavam 32% do eleitorado.

A desaprovação de Bolsonaro na capital capixaba reflete um cenário bem diferente do resultado das eleições em 2018, quando cerca de 63% dos eleitores da cidade votaram no presidente, a maioria deles moradores de bairros nobres. O candidato do PT tem reiterado críticas ao governo federal. “Nós não agredimos, não ameaçamos, não oferecemos dinheiro para matar ninguém. Nós defendemos a dignidade humana, os direitos humanos, o SUS. Nós somos diferentes”, disse.

Da Redação

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