Nilmário defende legado do PT em BH e critica área de saúde

Em debate na Band, o candidato petista à Prefeitura de Belo Horizonte denuncia abandono de hospital público e defende programa de habitação popular. Ele criticou redução do auxílio emergencial de R$ 600 pelo presidente Jair Bolsonaro e cobrou coerência dos adversários: “Eu quero saber se os partidos que aqui estão se comprometem, todos, a derrubar isso no Congresso”. O prefeito Alexandre Kalil não compareceu ao embate entre aqueles que disputam o comando da capital mineira

Site do PT

Nilmário Miranda, candidato do PT para prefeitura de BH

O primeiro debate à Prefeitura de Belo Horizonte, realizado na noite de quinta-feira (1º) , pela TV Bandeirantes, levou dez dos principais candidatos a comparecerem para discutir propostas para a administração da capital mineira. O candidato do PT, jornalista Nilmário Miranda, ex-secretário de Direitos Humanos do governo Lula, defendeu o legado do PT à frente do município, apontando Patrus Ananias, Célio de Castro e Fernando Pimentel como os melhores prefeitos da cidade. Foram 16 anos do PT na administração do município com muitos avanços.

“Eu vi aqui as pessoas defenderem tudo que nós fizemos em quatro governos. O SUS, a gestão plena da saúde, as Umeis, a escola de tempo integral, as creches, o Orçamento Participativo…”, disse na Band. “É do legado do PT em Belo Horizonte que precisamos”. Segundo Nilmário, o mundo pós-pandemia será um desafio e o jeito petista de governar mostrou que é possível atender as pessoas com programas voltados ao bem-estar do povo.

O candidato do PT também falou na necessidade de investir em moradia para o povo. “É preciso voltar a ter programas de habitação popular”, declarou. Ele também criticou duramente a administração do presidente Jair Bolsonaro, lamentando o fato do governo federal ter determinado o corte do auxílio emergencial de R$ 600 pela metade. “Reduzir o auxílio emergencial para R$ 10 por dia é levar ao desespero milhões de pessoas no Brasil”, advertiu. “Isso é um desrespeito ao povo! Eu queria saber se os partidos que aqui estão se comprometem, todos, a derrubar isso no Congresso”, desafiou o petista.

Citando a candidata a vice-prefeita na chapa, a ativista negra Luana de Souza, o candidato do PT denunciou que Belo Horizonte tem hoje 311 mil pessoas sem qualquer tipo de assistência e acesso a programas sociais. “São 311 mil invisíveis. Pessoas que não são atendidas, que dependem da saúde pública, da escola pública, do transporte público, de tudo público”, alertou. “O Estado não pode chegar só com polícia. Tem que chegar com políticas sociais inclusivas e com muita participação democrática”. E ressaltou: “Nós vamos buscar socorrer esse povo. Nós temos tradição disso. Sabemos fazer!”

Nilmário criticou a ausência do prefeito Alexandre Kalil (PSD)

Privatizações

O ex-deputado federal criticou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pela criação de um hospital durante a pandemia, que nunca atendeu nenhum paciente. “Um desperdício de dinheiro público”, lamentou. Ele também colocou a privatização de empresas estaduais – uma obsessão do governador do Novo – como um erro político.

O empresário Rodrigo Paiva, candidato do Novo, contestou e teve de ouvir de Nilmário um ataque de que ele próprio tinha interesse em privatizar a cidade, tal qual Zema “quer vender a Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) para “empresários preguiçosos lucrarem”.

A Copasa é uma empresa exemplar, presta serviço com excelência e não pode ser privatizada. Em nosso plano de governo, a reconhecemos como um bem público do povo mineiro e, por isso, pretendemos firmar constantes parcerias em relação à recuperação da Lagoa da Pampulha, ao combate à poluição pelos esgotos e à campanhas para um consumo consciente.

Nilmário criticou a ausência do prefeito Alexandre Kalil (PSD), que simplesmente não compareceu ao debate, porque lidera as pesquisas de intenção de voto. O petista lamentou a fuga do debate. “Não existe isso de vencedor, precisamos ouvir o povo, não tem nada ganho ainda, tem gente que acha que já ganhou e nem veio”, alfinetou.

Dos 15 candidatos à PBH, 11 foram convidados, de acordo com a representatividade dos partidos políticos no Congresso e com as regras estabelecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. Além de Nilmário. Estiveram presentes Áurea Carolina (PSOL), Fabiano Cazeca (Pros), João Vítor Xavier (Cidadania), Lafayette de Andrada (Republicanos), Luísa Barreto (PSDB), Marcelo Souza e Silva (Patriota), Professor Wendel Mesquita (Solidariedade), Rodrigo Paiva (Novo) e Wadson Ribeiro (PCdoB).

Da Redação

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