No Conselhão, Dilma defende “diálogo” e “convergência” para construção de agenda positiva

Presidenta participou, nesta quinta, da primeira reunião do “Conselhão” neste ano. Grupo conta com 92 membros

Presidenta Dilma durante abertura do 44ª Reunião Ordinária do Pleno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Foto: Lula Marques/Agência PT

A presidenta Dilma Rousseff defendeu, nesta quinta-feira (28), durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (CDES), diálogo e convergência para construção de uma agenda positiva para o Brasil.

“Um País só se constrói com o diálogo paciente e tolerante. Construção propiciada pela busca de diálogo e de consensos”, disse a presidenta. 


O Conselhão, como o grupo é conhecido, foi criado em 2003 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo assessora o presidente da República na formulação de políticas públicas e reformas estruturais. 

O grupo, que conta com grandes empresários, representantes dos trabalhadores e de entidades da sociedade civil, cumpre a promessa do governo Dilma de ampliar o debate e a articulação política e econômica, ouvir e propor mudanças.

De acordo com a presidenta Dilma, não haverá temas “interditados ao diálogo” e à construção de convergências durante os trabalhos dos grupos. “O que nos impulsiona é conduzir o Brasil à uma nova etapa de desenvolvimento’, explicou. 

A presidenta reforçou que, no Conselhão, a política é a “busca do melhor para o País”. “O partido de todos nós é o Brasil”, disse.

“Espero que os membros deste Conselho nos tragam mais sugestões para recolocar o Brasil na rota do crescimento”, completou a presidenta. 

Para Dilma, este é o momento de apresentar propostas para que o Brasil volte a crescer de forma sustentável para gerar emprego e renda.

 Ajuste Fiscal – Durante fala no Conselhão, a presidenta voltou a defender a volta da CPMF e a reforma da Previdência.

“Não somos mais o País de jovens que podia se permitir adiar indefinidamente a solução de seus desequilíbrios previdenciários”, disse. 

“Eu peço, no entanto, e peço encarecidamente, que reflitam sobre a excepcionalidade do momento, que torna a CPMF a melhor solução disponível”, defendeu.

No entanto, Dilma disse que a reforma providenciária deverá respeitar os direitos adquiridos e levar em consideração expectativas de direitos. Para isso, será preciso estabelecer um período de transição.

“A Previdência Social precisa ser sustentável para um horizonte que vai muito além do meu governo”, avaliou Dilma, ao lembrar que, em 2015, o governo adotou a regra 85/95. 

“Precisamos ir além e construir uma proposta que seja mais ambiciosa para o longo prazo a ser submetida ao Congresso”, continuou a presidenta.

A presidenta lembrou que iniciativas como Mais Médicos e Ciência Sem Fronteiras foram implementadas após debates sobre os temas no Conselhão.

“Este Conselho sempre foi um espaço privilegiado de diálogo, de construção e de encaminhamento de propostas”, defendeu Dilma. 

Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias

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